Haddad e sua mulher, Ana Estela, comemoram vitória em SP

POR MARINA DIAS
Eram quase 19 horas de domingo (28) quando Fernando Haddad chegou ao hotel Intercontinental, região central da capital paulista. Acompanhado da mulher, Ana Estela, e dos filhos, Frederico e Carolina, o petista se recolheu em uma suíte especialmente reservada para que ele acompanhasse com a família o fim da apuração que o apontaria como prefeito de São Paulo.
Haddad recebeu sua mãe, Norma, e suas irmãs, Priscila e Lúcia. Duas outras suítes foram reservadas, no mesmo andar, para dirigentes petistas e assessores.
Quando Haddad estava matematicamente eleito, o diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, avisou o presidente nacional do PT, Rui Falcão, que o ex-presidente Lula preferiu não comparecer ao pronunciamento oficial nem à festa do petista, que aconteceria na Avenida Paulista. Segundo dirigentes do partido, Lula achou que esse era "o momento de Haddad brilhar".
O afilhado político do ex-presidente ficou emocionado quando, na suíte dos assessores, recebeu muitos aplausos ao entrar, já eleito prefeito de São Paulo. Antes disso, havia recebido telefonemas de Lula e da presidente Dilma Rousseff. "Eles ligaram para me dar os parabéns", disse Haddad ainda na suíte do Intercontinental.
Até as 21h do domingo (28), Serra ainda não havia entrado em contato com Haddad. Em seu discurso oficial, para dirigentes e militantes do PSDB, o tucano fez apenas uma menção ao petista, sem citar nomes. "Boa sorte ao prefeito eleito e que ele cumpra as promessas", disse Serra em pronunciamento.
Haddad saiu do hotel por volta das 20h30 e foi para casa. Lá, recebeu os telefonemas do prefeito Gilberto Kassab, que se colocou à disposição para fazer uma "transição de alto nível", e, então, de Serra, que, ainda de acordo com o petista, desejou "boa sorte".
Por volta das 22h, Haddad chegou à Avenida Paulista, onde o PT contratou um carro de som para comemorar a vitória do partido. Fez um discurso de cerca de quinze minutos em que afirmou que "irá trabalhar para diminuir a desigualdade da cidade mais rica do Brasil". "Governo progressista começa no dia da eleição", disse Haddad, eleito prefeito de São Paulo com 55,57% dos votos.