sexta-feira, 16 de agosto de 2013

EGITO - O fim da primavera.

Primavera do Egito acaba num banho de sangue da nova ditadura militar


O secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, criticou o uso da força pelas autoridades egípcias contra as manifestações populares, com saldo de centenas de mortos, de acordo com informes preliminares.
Ban condenou em termos enérgicos a repressão desta quarta-feira no Cairo, quando os funcionários de segurança utilizaram a força para acabar com os protestos, segundo um comunicado do porta-voz oficial do organismo mundial.
Além disso, renovou seu apelo a todas as partes do conflito para que reconsiderem suas ações frente às novas realidades políticas e a necessidade de evitar a perda de mais vidas humanas.
Sustentou que a maioria do povo desse país árabe quer avançar pela via pacífica para um processo que conduza à democracia e à prosperidade e chamou os egípcios a concentrar seus esforços na promoção de uma reconciliação genuína e inclusiva.
A violência e a incitação de qualquer origem não responderão aos desafios que o Egito enfrenta, assegurou Ban Ki-moon ao insistir na importância de que os diferentes pontos de vista sejam expressados de maneira respeitosa e pacífica.
Soldados do governo realizaram operações  no Cairo e na província de Giza contra manifestantes islamistas partidários do presidente Mohamed Morsi, deposto no início do mês passado pelas Forças Armadas.
Informações jornalísticas situaram em cerca de 400 vítimas fatais e cinco mil feridos registrados nesta quarta-feira no Egito.
De que adianta a ONU criticar, condenar. Ninguém liga, mesmo. Quem sempre mandou e continua manda no Egito, nos tempos contemporâneos, são os Estados Unidos, que desde sempre sustentam as forças armadas do país, cuidando para que não haja guerra contra Israel. O resultado aí está. O Egito, dissemos aqui, ainda ia ter saudades de Mubarak. Não deu outra. (C.N.)

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