Sem “delação seletiva”: a lista de doações da “laranja” da Odebrecht
A maior inimiga da verdade não é a mentira, mas a hipocrisia.
Todo mundo sabe que campanha eleitoral se faz com dinheiro das empresas, embora nem sempre as doações que sempre puderam legalmente fazer – aliás, com o aplauso da mídia, frontalmente contrária ao financiamento público e campanhas – represente propina.
Não há uma empresa grande no Brasil que não dependa de decisões estatais, seja as empreiteiras com contratos de obras, sejam as financeiras, que ditam, no todo ou em parte, a política econômica e a legislação tributária.
O que ocorre é que “o maior escândalo de corrupção da história do país”, o da Lava Jato, foi e é usado para acusar, seletivamente, a quem interessa acusar.
E que, quando pedaços maiores da verdade vêm à tona, parecem não vir “ao caso” para as vestais que se dedicam a saber quem comprou os pedalinhos ou alugou o apartamento do vizinho de Lula.
O resto não tem pressa.
Hoje, o Estadão deu manchete com a “delação” da Odebrecht que envolvia, entre outras, a Leyroz Caxias, uma empresa de fachada usada para fazer doações.
E, estranhamente, não publica os nomes de todos os que as receberam.
Não foi pouco: quase R$ 19,3 milhões a Diretórios e Comitês partidários e R$ 4,3 milhões a candidatos.
Um total de R$ 23,6 milhões em 2010, em valores nominais, sem correção.
Há cerca de outros R$ 5 milhões em doações sob o nome da tal Praiamar, também usada no mesmo esquema, com nomes e partidos que, praticamente , se repetem.
O Tijolaço divulga todos, numa tabela repaginada para ficar legível, na imagem acima e na que vai ao final do post.
Ambas estão na íntegra, tal como na página do TSE, aqui e aqui.
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