de janeiro de 2017 - 10h03
Harvey mostra-se preocupado com o avanço de fundamentalismos religiosos e a ameaça crescente de novos movimentos fascistas, o que faz com que o capitalismo aposte em Estados ultramilitarizados, com seus modernos aparatos de vigilância e repressão, como forma de superar o impasse.
A consequência é a transformação das sociedades civis em um campo, para além do sentido bourdiano, de batalha em torno do futuro do capitalismo e da humanidade. O problema, segundo ele, é que “nunca antes a ampla esquerda foi tão fraca” para se contrapor a essa nova situação.
O livro aborda questões cruciais, e reconhecidas por qualquer escola de economia, sobre como os mecanismos econômicos geram distorções nas relações de capital e trabalho.
Procurando repensar Marx, Harvey parte da atual crise, fruto de uma financeirização global hiperendividada que começou nos anos 1980 , para tratar das contradições do capital, e não do capitalismo.
E critica: surgiu uma nova forma de geração de riqueza que despreza a produção e vive de aluguéis, juros e lucros sobre o capital comercial e midiático ou, pior, só da especulação de ativos ou dos ganhos de capital. “Infelizmente, o surgimento dessa plutocracia é mais que evidente. É difícil disfarçar o fato de que ela vai muito bem, enquanto a massa da população vai muito mal”.
David Harvey e um manifesto anticapitalista
Em 17 Contradições e o Fim do Capitalismo, o geógrafo David Harvey escreve para um público carente de respostas para as turbulências sociais, econômicas e políticas do nosso tempo. Traz uma nesga de alento para leitores que se sentem pessimistas com a “globalização da indiferença”, o ceticismo e a descrença enraizados na alienação universal.
Divulgação
O geógrafo David Harvey lançou há pouco tempo no Brasil o livro 17 contradições e o fim do capitalismo
O autor trata de esquadrinhar
os próximos passos para que movimentos anticapitalistas possam se
constituir como focos de resistência e oposição, muito embora alerte que
eles potencialmente se tornarão “caóticos, voláteis e geograficamente
específicos”.Harvey mostra-se preocupado com o avanço de fundamentalismos religiosos e a ameaça crescente de novos movimentos fascistas, o que faz com que o capitalismo aposte em Estados ultramilitarizados, com seus modernos aparatos de vigilância e repressão, como forma de superar o impasse.
A consequência é a transformação das sociedades civis em um campo, para além do sentido bourdiano, de batalha em torno do futuro do capitalismo e da humanidade. O problema, segundo ele, é que “nunca antes a ampla esquerda foi tão fraca” para se contrapor a essa nova situação.
O livro aborda questões cruciais, e reconhecidas por qualquer escola de economia, sobre como os mecanismos econômicos geram distorções nas relações de capital e trabalho.
Procurando repensar Marx, Harvey parte da atual crise, fruto de uma financeirização global hiperendividada que começou nos anos 1980 , para tratar das contradições do capital, e não do capitalismo.
E critica: surgiu uma nova forma de geração de riqueza que despreza a produção e vive de aluguéis, juros e lucros sobre o capital comercial e midiático ou, pior, só da especulação de ativos ou dos ganhos de capital. “Infelizmente, o surgimento dessa plutocracia é mais que evidente. É difícil disfarçar o fato de que ela vai muito bem, enquanto a massa da população vai muito mal”.
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