domingo, 29 de janeiro de 2017

PETROBRAS - "A fome do mercado é insaciável".

 FUP: Contra a Petrobras, fome do mercado é insaciável


Foto: Stéferson Faria / Ag. Petrobras
   
Segundo o texto, Parente, "na ânsia de cumprir os compromissos assumidos com os financiadores do golpe, não mede esforços para atender as determinações de Wall Street". "Chega a ser patético, o papel que sua gestão vem cumprindo para agradar o mercado, como a gangorra esquizofrênica dos reajustes do diesel e da gasolina, uma política de preços 'pra inglês ver'", continua.

A FUP diz que "a decisão de uma das principais agências de classificação de risco de manter rebaixadas as notas da companhia, tanto no âmbito internacional, quanto aqui dentro do país, é sinal de que os abutres ainda não estão satisfeitos com o desmonte que já fez as reservas da estatal retrocederem 15 anos. Eles querem o aprofundamento dessas medidas".

"Mesmo com a Petrobras sendo dilapidada por uma administração que privilegia os investidores privados em detrimento da nação, eles querem mais, muito mais. É um jogo de cartas marcadas, onde os golpistas que estão na direção da empresa rezam de joelhos na bíblia sagrada do deus mercado, fazendo girar a ciranda dos especuladores. Se não estancarmos essa sangria, perderemos a Petrobras de vez para os estelionatários", acrescenta.

Leia a nota na íntegra:

Pedro Parente reduziu os investimentos da Petrobras a um terço do que era previsto três anos atrás, já vendeu campos de petróleo promissores, subsidiárias lucrativas, a maior rede de gasodutos do país, entre outros ativos estratégicos. A fome do mercado, no entanto, é insaciável.

A decisão de uma das principais agências de classificação de risco de manter rebaixadas as notas da companhia, tanto no âmbito internacional, quanto aqui dentro do país, é sinal de que os abutres ainda não estão satisfeitos com o desmonte que já fez as reservas da estatal retrocederem 15 anos. Eles querem o aprofundamento dessas medidas.

Não poderia ser diferente. Essas agências adotam critérios de mercado para definir os riscos das empresas, sem levar em conta questões estruturais. Na maioria das vezes, acabam potencializando a especulação financeira

Foi assim na crise de 2008, onde as três maiores agências do mundo de classificação de risco foram corresponsáveis pela bolha do mercado imobiliário dos Estados Unidos, ao avaliarem com nota máxima o banco Lehman Brothers e seus títulos hipotecários podres. O que consideraram como investimento de “alta confiabilidade” levou à bancarrota milhões de norte-americanos, desencadeando a maior crise financeira do século.

O mesmo princípio vale para a Petrobras. Os critérios subjetivos e passíveis de erro que as agências utilizam para classificar empresas de varejo, por exemplo, são os mesmos que aplicam na petrolífera, cujo perfil de negócio é totalmente diferente e com foco no longo prazo. O economista Luiz Gonzaga Belluzo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, já afirmou uma vez que essas agências são estelionatárias.

Poderíamos dizer o mesmo de Pedro Parente, que, na ânsia de cumprir os compromissos assumidos com os financiadores do golpe, não mede esforços para atender as determinações de Wall Street. Chega a ser patético, o papel que sua gestão vem cumprindo para agradar o mercado, como a gangorra esquizofrênica dos reajustes do diesel e da gasolina, uma política de preços “pra inglês ver”.

Mesmo com a Petrobras sendo dilapidada por uma administração, que privilegia os investidores privados em detrimento da nação, eles querem mais, muito mais. É um jogo de cartas marcadas, onde os golpistas que estão na direção da empresa rezam de joelhos na bíblia sagrada do deus mercado, fazendo girar a ciranda dos especuladores. Se não estancarmos essa sangria, perderemos a Petrobras de vez para os estelionatários.

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