segunda-feira, 28 de maio de 2018

PETROBRAS - Pedro Malan Parente, o homem de confiança dos fundos financeiros internacionais.

Do blog do Roberto Moreno.




Uma perguntinha boba: quem comprou  a malha de oleodutos da Petrobras "a preço de banana", tornando esta refém do monopólio privado? Quem comprou, em dois anos recupera o capital investido, já que tem como cliente único,......a Petrobras, que terá que pagar o que os gringos quiserem, pois não tem opção.
Que beleza!

A seguir o artigo do Roberto,
Não pode passar despercebido para ninguém a confirmação da ida de Pedro Parente para a presidência do Conselho de Administração da BRF para além da Petrobras.

É um escândalo que a mídia comercial não quer tratar. O caso coloca por terra a discurseira sobre comissão de ética, compliance e outras enganações. Estão todos silentes. 

Um sujeito pensar que é o super-homem é normal para quem convive na concepção mental de que tudo é mercado. Mas nunca poderá ser visto como natural, sem considerar que a Petrobras não é apenas uma empresa, e sim na prática, um setor com enorme poder estratégico para todo o país.

Porém, o mais grave nisto tudo é que ficam mais que evidentes, os interesses cruzados sempre envolvendo - como tenho insistido - os fundos financeiros que comandam as corporações. 

Os interesses cruzados, ao contrário do que incautos posam pensar não se dá na esfera do setor econômico de atuação e sim no andar de cima das altas finanças (capital), onde estão os fundos financeiros). Os fundos não são apenas intermediários de capital. Eles são também proprietários e controladores das corporações.

A BRF Global tem em seu controle vários fundos como o Standard Life Aberdeen PLC é controlado pelo fundo britânico Aberdeen Standard Investiments que é o maior fundo do Reino Unido e o segundo maior da Europa. Os fundos de pensão Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil), mais o fundo Tarpon, além dos acionistas menores. A Aberdeen Standard Investiments que foi fundamental para  escolha de Parente tem carteira com ativos superiores a R$ 2 trilhões.

A BRF é hoje uma corporação de área de alimentos do mundo, com produtos comercializados em mais de 150 países, nos 5 continentes e mais de 30 marcas muito conhecidas no Brasil e fora do país: Sadia, Perdigão, Qualy, Paty, Dánica e Bocatti.

A conexão da Petrobras com a BRF, as tradings que atuam no comércio global de petróleo e derivados, os fundos que estão adquirindo a rede de logística (gasodutos, oleodutos) da estatal, as players petroleiras que hoje são cada vez mais controladas por fundos globais deixa claro os caminhos recentes a que temos assistido. 

Num mundo hiper conectado em que vivemos seria uma ingenuidade ninguém querer compreender que Parente é uma pessoa de confiança dos fundos financeiros globais. Assim, age a favor dos fundos financeiros de onde obtém ainda mais confiança.

Entender o movimento dos fundos financeiros no país e no mundo contemporâneo é indispensável não apenas para decifrar os meandros da macroeconomia, mas para compreender o controle sobre o poder político que limita o papel dos estados-nações. O blog voltará ao tema.


PS.: Para saber um pouco mais sobre a atuação recente dos fundos financeiros leia postagens do blog:
 "Os movimentos das frações do capital, a função e a mobilidade dos fundos financeiros na economia global contemporânea". Em 23 de abril de 2018. Disponível em:  https://www.robertomoraes.com.br/2018/04/os-movimentos-das-fracoes-do-capital.html
Fonte: Blog do Roberto Moraes

Nenhum comentário: