terça-feira, 23 de outubro de 2018

POLÍTICA - Nunca pensei que fosse passar por essa experiência de novo.

 Já estou com quase 79 anos e vou encerrar minha militância política que comecei com 13 anos, quando acompanhei, a campanha "O Petróleo é Nosso", caso o capitão venha a se eleger.

Deixo para os mais jovens a resistência ao novo regime, que espero que não dure mais 21 anos como a ditadura anterior.

Também vou encerrar meu blog, pois blogueiros já estão sendo ameaçados.

Tem muitos bolsominions que entram no meu blog, pessoas que nunca vi, que não sei quem são, fazendo o que sabem fazer: agredir, ameaçar, mentir e repetir aqueles chavões, como, "vai prá Cuba", etc, na falta de argumentos, mostrando seu analfabetismo político.

Pior, a maioria deles é covarde como seu mentor, pois se escondem atrás do anonimato.

A única resposta que dou a eles, é que estão no blog errado e que vá procurar sua turma.

O capitão já disse que quem for contra ele, ou se exila, ou será preso. É a volta do "Ame-o ou Deixe-o", dos tempos dos ditadores militares.

 Teremos perseguições e repressão e a volta dos "dedos duros".

O cara não vai com a sua cara e o aponta como comunista, etc, etc, como aconteceu frequentemente em 1964. 

Quantos professores, quantos cientistas, quantos intelectuais, quantos artistas, tiveram que ir para o exílio em função do golpe de 64. 

Quantos funcionários públicos, quantos militares foram perseguidos e perderam seus empregos.
Uma jornalista da Folha já começou a deduragem, apontando quem seriam os diplomatas de esquerda. 
Foi só o começo.
Puxa sacos, adesistas de última hora, é que não faltarão.

Nunca pensei que fosse passar por isso de novo.

Às vezes tendo a concordar com o que escreveu um leitor chamado Jorge Luiz:


"Para que não digam que é mimimi de perdedor, vou postar isso
ANTES do segundo turno:
O Brasil MERECE passar pela "Experiência Bolsonaro".
E digo isso não com ressentimento, mas com esperança, pois eu sei
que não existe professora melhor do que a vida e sei que o tipo de 
lição que o Brasil terá que aprender também precisou ser aprendida
por outras nações.
A Alemanha, por exemplo.
Quando vocês acham que eles se deram conta da péssima escolha 
que fizeram?
Foi quando viram gente ser assassinada pela SS nas ruas?
Foi quando seus vizinhos começaram a sumir?
Nada disso.
Eles só se deram conta do erro quando os bombardeios aliados 
arrasaram a maioria das cidades, perto do fim da guerra.
Foi uma lição bem dura. E foi aprendida."
Lembrando,Hitler também foi eleito pelo voto, com grande apoio
também dos evangélicos.

PS: A Globo, grande fiadora da democracia, como era de se esperar, cancelou o debate, já que o covardão não vai. 
Deveria fazer como o programa Roda Viva, que como o fujão não apareceu, ouviu o
Haddad ontem à noite.
PS II: Na posse da nova diretoria do Conselho dos médicos aqui do nosso Estado, aparece uma foto dos novos dirigentes, ao lado de um dos filhos do Bolsonaro, fazendo o sinal dos dedos como se fosse uma arma, que é o símbolo da campanha do capitão,  embora alguns bolsominions estejam pixando suásticas em prédios públicos e mesmo na barriga de uma jovem, como aconteceu no Rio Grande do Sul.

De Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil de hoje:
Depois deste final de semana, ninguém poderá alegar inocência no futuro, quando cair sobre nós a escuridão anunciada por Jair Bolsonaro e seu grupo, se confirmada sua eleição no domingo.
Eles mesmos nos avisaram de que haverá desprezo e talvez violência contra as instituições democráticas, de que o regime será tirânico, perseguindo adversários, mandando-os para o exílio ou para a prisão. O nome disso é ditadura.
Começando pela fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro, de que o STF poderia ser fechado por um soldado e um cabo, dispensado até o uso de um jipe.
Isso haveria caso o STF impugnasse a candidatura de seu pai, embora a matéria seja afeta ao TSE.
O ministro Celso de Mello, decano da corte, qualificou-a de “inconsequente e golpista” e o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, afirmou em nota que atacar o Judiciário é atacar a democracia.
Palavras enérgicas mas insuficientes para o tamanho da afronta.
Como disse a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, “o tempo dos tribunais deve ser o tempo de salvar a democracia”.
“Já adverti o garoto”, disse o pai.
A fala foi em julho mas não vem ao caso.
O que ela expressa é a ideologia do grupo que integra, que transpareceu também, neste final de semana revelador, em declarações do senador Magno Malta, fiel escudeiro do candidato: “O Brasil tem bandidos também nos tribunais superiores. O Supremo Tribunal Federal deste país, cada um tem o seu bandido de estimação”.
O repúdio enérgico de Mello e Toffoli é insuficientes porque Eduardo Bolsonaro incorreu em crime previsto pela Lei de Segurança Nacional, como lembrou o ministro Alexandre de Morais.
Caberia um pedido de abertura de inquérito, talvez pela Procuradoria Geral da República.
A LSN trata de crimes “contra o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito”, além dos que atentem contra a integridade e a soberania nacionais, e contra a pessoa dos chefes de poderes.
O deputado eleito blasfemou contra o Estado de Direito, segundo previsão da lei, ao “fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para a alteração da ordem política ou social”. Fechar o Supremo é isso, e portanto, caberia uma ação. Mas o Judiciário, que ajudou a criar o monstro, agora lida com ele cheio de dedos, temendo ser devorado.
Foram também indicadoras da tirania que nos espera, se Bolsonaro for eleito, suas próprias declarações, em mensagem por vídeo aos apoiadores reunidos na avenida Paulista: “Vamos varrer do mapa esses bandidos vermelhos do país. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para a cadeia.”
Não duvidemos: os adversários serão perseguidos, forçados ao exílio ou a prisões arbitrárias.
Na mesma fala, ele falou de um Brasil “sem Folha de São Paulo”, em outro aviso macabro, este à imprensa livre que tanto contemporizou com ele. E proclamou que o ex-presidente Lula vai mofar na cadeia, explicitando a intenção de controlar o Judiciário, pois não cabe ao Executivo decidir sobre a execução da pena de nenhum preso.
Avisou ainda que o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, será preso e fará companhia a Lula, juntamente com o atual candidato do partido, Fernando Haddad.
Bolsonaro aponta para o terror de Estado, com o governo decidindo quem prender, fora do devido processo legal, fora do Estado de Direito. Quem for capaz, que arranje outro nome para esta ditadura anunciada.
Não podem os democratas brasileiros comungar da resignação do ministro do STF Roberto Barroso, para quem “os países, como as pessoas, passam pelo que tem que passar, para amadurecerem e evoluírem”.
Isso equivale à teoria espírita do karma, que não pode ser aplicada às Nações.
O Brasil que venceu uma ditadura há de evitar o seu retorno, se os democratas saírem de seu imobilismo.

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