STF vai investigar as estripulias de Deltan Dallagnol na lava jato
15 de março de 2019
Não é de somenos o inquérito aberto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, para investigar ataques aos ministros daquela corte.
Evidentemente, o STF não deixará de examinar as estripulias na lava jato desde o período do Sérgio Moro e o comportamento do procurador Deltan Dallagnol.
Segundo os ministros do Supremo, a força-tarefa utilizou-se de vazamentos para constranger e interferir nos julgamentos na mais alta corte do país.
Na definição da competência de crimes como caixa dois para a Justiça Eleitoral, ontem, no plenário do STF, o ministro Gilmar Mendes botou o guizo no gato:
“Esses ataques de membros do Ministério Público a julgadores, como se estivessem participando de uma corrida do ouro —e, de fato, descobriu-se que estavam participando de uma corrida do ouro, com a fundação. Combate à corrupção dá lucro.”
Gilmar ainda chamou Deltan de “gângster” e de “cretino”, o que elevou a hashtag #DallagnolNaCadeia ao assunto mais comentado nas redes sociais na noite de ontem.
“O que se trava aqui é uma disputa de poder. Quer constranger, amedrontar. Mas fantasma e assombração aparecem para quem nele acredita. São métodos que não honram as instituições. Eu vi o que fizeram no TSE com o ministro Napoleão, vazando informações de última hora”, disparou Gilmar.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ), ao comentar a derrota da força-tarefa, afirmou que o estado de exceção representado pela lava jato sofreu um duro golpe do Supremo.
“Dallagnol e sua turma esperneiam como garotinhos de quem roubaram o pirulito. Tem que ser processados. Quem melhor os definiu foi o Ministro Gilmar Mendes”, concluiu, apoiando o inquérito aberto pelo presidente do STF Dias Toffoli.
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