segunda-feira, 27 de maio de 2019

POLÍTICA - Brasil derrete.


PIB cai, lojas fecham, Brasil derrete: o day after da farra dos Bolsominions. Por Ricardo Kotscho

 
Luciano Hang, o véio da Havan. é sempre protagonista da palhaçada Foto: Reprodução/Twitter
PUBLICADO NO BALAIO DO KOTSCHO
Cessada a farra de domingo, recolhidas as faixas e bandeiras e guardadas as camisetas amarelas da CBF, voltamos à vida real.
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Como as manifestações a favor do governo não geraram nenhum emprego, a segunda-feira de ressaca começa com novos números negativos na economia.
Segundo o Boletim Focus do Banco Central, a previsão de crescimento do PIB para este ano caiu pela 13ª vez e está em 1,23%, um colosso produzido pelos frentistas do Posto Ipiranga. A China que se cuide…
Estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revela que estão novamente fechando mais lojas do que sendo abertas no país.
De janeiro a março, já em plena era bolsonarista, 39 pontos de venda lacraram suas portas.
“O número é pequeno, mas emblemático, pois indica grande mudança de rota. E confirma o quadro de estagnação da economia, já apontado por outros indicadores”, relata Marcia De Chiara, no Estadão.
Com o entusiasmo provocado no mercado pela posse de Bolsonaro, estimava-se que esse ano terminaria com a abertura líquida de 22 mil lojas, segundo Fabio Bentes, economista-chefe da CNC e responsável pelo estudo (no último trimestre de 2018, o saldo positivo foi de 4,8 mil unidades).
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“Essa previsão vai derreter, como todas as previsões de indicadores têm derretido. Seguramente, não vamos ter crescimento no número de lojas e há o risco de que o ano termine com um número negativo”, diz o economista.
Derreter é o verbo mais ouvido no mercado nas últimas semanas, sem previsão de que algo possa mudar tão cedo.
Nova pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela XP Investimentos, mostra que, em menos de cinco meses de governo, acabou o amor dos milionários por Bolsonaro.
A reversão de expectativas dos investidores, quer dizer, a turma da grana gorda, é maior do que a observada na população em geral.
A percepção ótima ou boa do governo do capitão desabou de de 86%, em janeiro, para 14%, este mês. E o nível de ruim ou péssimo deu um salto de 1% para 43% no mesmo período.
Foram ouvidos 79 investidores institucionais entre grupos de consultores nacionais e estrangeiros antes das manifestações de domingo.
Se piorou a avaliação do Executivo, houve uma melhora na percepção dos investidores sobre o Congresso Nacional.
Em resumo, os muito riscos que embarcaram na canoa furada do capitão já estão trocando Jair Bolsonaro por Rodrigo Maia quando se trata de planejar seus negócios.
Vida que segue.

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