Com carta ao STF, Bolsonaro livra Carlos e Eduardo entregando os ‘peixes pequenos’ Trovão e Eustáquio
10/09/2021
Paulo Guedes, General Augusto Heleno, Carlos Bolsonaro e o presidente da República | Reprodução/Instagram
Novo ‘grande acordo nacional’, com os filhos fora do inquérito das fake news e ataques às instituições, estaria por trás da ‘rendição humilhante’ de Bolsonaro, insinua repórter
Em matéria intitulada ‘Com Supremo, com tudo!’, o jornalista do site O Antagonista, Claudio Dantas, sublinha que o ‘recuo de Bolsonaro ajuda a restabelecer acordo costurado com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco; mas presidente é imprevisível‘. O texto insinua que um novo ‘grande acordo nacional’, com os filhos fora do inquérito das fake news e ataques às instituições, estaria por trás da ‘rendição humilhante’ de Bolsonaro, após a carta ao STF, em que o presidente estaria livrando Carlos e Eduardo e entregando os ‘peixes pequenos’ Zé Trovão e Oswaldo Eustáquio, como sintetizou o Brasil247.
O usurpador Michel Temer, que se tornou presidente após um “grande acordo nacional, com Supremo, com tudo”, para golpear a democracia e derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff, teria construído algo semelhante para obter a rendição humilhante de Jair Bolsonaro. “A nota de recuo de Jair Bolsonaro, articulada por Michel Temer, deve ajudar a restabelecer um acordo que vinha sendo costurado há três semanas com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Ele consiste na rejeição da ação que pede no Supremo a derrubada dos decretos das armas, uma nova regulamentação em torno da reserva Raposa Serra do Sol e a transferência do inquérito das fake news para Augusto Aras — evitando que ele avance sobre Jair Bolsonaro e seus filhos”.
“Temer também teria apoio para se candidatar a deputado federal em 2022 e presidir a Câmara após o biênio de Lira. Ninguém tem claro se esse acordo será cumprido na íntegra, considerando as questões complexas envolvidas e o próprio comportamento imprevisível de Bolsonaro”, prossegue o jornalista. “Para acalmá-la, será preciso evitar novas medidas cautelares por parte de Moraes (também imprevisível) e incutir — à base de muita fake news — a ideia de que o presidente da República tem um plano mirabolante para implodir o sistema e libertar seu povo”, finaliza.
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