quarta-feira, 13 de março de 2024

Continua a carnificina em Gaza.

Israel continua a assassinar civis que só buscam auxílio Onze pessoas que esperavam camiões de ajuda alimentar em Gaza foram mortas pelo exército israelita. 25 outras ficaram feridas. Desde o massacre da farinha, terão sido cerca de 400 as pessoas assassinadas quando iam em busca de auxílio. 12 de Março, 2024 - 15:56h FacebookTwitterEmail Ajuda alimentar. Foto da Open Arms. Ajuda alimentar. Foto da Open Arms. Esta terça-feira, o número total de pessoas assassinadas pelo Estado sionista na Faixa de Gaza desde que começou a ofensiva de 7 de outubro subiu para 31.184. Os dados são do Ministério da Saúde de Gaza que acrescenta que o número total de feridos é de 72.889 e que, nas últimas 24 horas, foram confirmadas pelos hospitais locais 72 mortes e 129 feridos, apesar de se acreditar que muitos continuem sob os escombros dos bombardeamentos. A mesma fonte indica que a maioria das vítimas são mulheres e crianças. Para além dos bombardeamentos e da fome, as crianças palestinianas enfrentam o perigo de ter de viver o resto da vida com “danos mentais” de acordo com um relatório da Save the Children“. Estas, “enquanto se esquivam de bombas e balas, fogem por ruas cheias de escombros e cadáveres, são forçadas a dormir ao ar livre e ficam sem os alimentos básicos e a água potável de que necessitam para sobreviver”, estando a viver “um período de violência em grande escala, choque e tristeza”. Phillippe Lazzarini, responsável pela Agência da ONU para os refugiados palestinianos, continua a denunciar que Israel está a impedir a chegada de ajuda médica essencial para a sobrevivência da população. No X, informou que um camião cheio de ajuda foi obrigado a voltar para trás porque continha tesouras usadas em kits médicos para crianças. O dirigente da ONU nota que a lista de artigos proibidos ganha assim mais um depois de serem bloqueados desde anestésicos, luzes solares, cilindros de oxigénio e ventiladores, pastilhas para limpeza de água, remédios contra o cancro e kits de maternidade.” Sabe-se agora que onze das pessoas que foram mortas pelos ataques israelitas procuravam ajuda na rotunda do Kuwait, na cidade de Gaza, ponto central onde se reúnem muitas pessoas à espera dos camiões de ajuda, de acordo com a Al Jazeera. 25 outras ficaram feridas segundo os paramédicos do hospital al-Shifa. O gabinete de imprensa do governo de Gaza contabiliza que desde o chamado “massacre da farinha” mais de 400 pessoas foram assassinadas enquanto procuravam auxílio. Barco da Open Arms com alimentos partiu do Chipre com destino a Gaza O dia ficou marcado ainda pela partida do porto de Larnaca, no Chipre, do barco da Open Arms que pretende chegar com quase 200 toneladas de ajuda alimentar a Gaza, abrindo assim uma nova rota de chegada de assistência pelo mar apesar dos portos terem sido destruídos. A organização não governamental World Central Kitchen está a organizar esta operação. Ao mesmo tempo, um barco da armada dos EUA, o General Frank S. Besson, também ruma para Gaza com o mesmo objetivo. Ao mesmo tempo, o grupo libanês Hezbollah respondeu aos quatro ataques do exército israelita à cidade de Baalbek, efetuados na noite anterior, que tinham morto um civil e ferido vários outros. Foram lançados pelo Hezbollah mais de cem rockets Katyusha e, em seguida, o exército israelita voltou a bombardear a mesma região, dizendo estar a atacar duas bases militares do grupo. Em Israel, a organização Médicos pelos Direitos Humanos tenta travar o massacre. Guy Shalev, diretor executivo da organização, acusa o Estado sionista de continuar a desrespeitar as decisões do Tribunal Internacional de Justiça, efetuando “bombardeamentos indiscriminados” no território, e anuncia que esta entregará em tribunal uma petição para obrigar o exército a permitir a chegada de ajuda humanitária em nome do direito internacional. Esta instituição tem tentado fazer chegar ajuda à Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro mas tem sido impedida pelas autoridades. Termos relacionados Palestina, Internacional

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