terça-feira, 26 de abril de 2016

POLÍTICA - Esse Congresso não resiste às ruas.

 

Renan não é Auro de Moura Andrade
                                  
bessinha sim sim sim
A ideia do Requião - eleição já - enfrenta céticos.

Ah, esse Congresso não aprovará.

Depende.

Depende das ruas, do #vaiterluta , do
dessa vez o pau vai comer.

Esse Congresso tem a legitimidade de um diploma do Padim Pade Cerra, que se dizia Engenheiro e Economista sem o diploma brasileiro que o confirmasse.

Assim é esse Congresso.

Da gravata Hermès à pança do Tasso Jereissati, à volúpia do Cerra.

Tudo falso, grotesco - uma impostura.

É só o povo encurralar,
escrachar, não dar trégua nem respeito, como disse o Lula, e esse Congresso se desmancha como a Casa Civil do General Assis Oliva.

Depende também, em parte, da Dilma.

De a Dilma, aos 43' do segundo tempo, enviar uma PEC ao Renan com convocação de eleição.

E o Renan não é o Auro de Moura Andrade, o presidente do Senado que declarou a vacância do poder enquanto Jango estava em território nacional, e entrou para a História correndo dos gritos de "canalha", do Tancredo Neves e de uma patriótica cusparada do socialista Rogê Ferreira.

O Renan precisa receber uma proposta de emenda constitucional e um roteiro de negociação política que só o Lula pode formular.

Com Renan pode ter eleição.

Ele é mais esperto que todos os Aloysios juntos e separados por R$ 300 mil num castelo de areia.

E Renan tem um filho, político promissor, governador competente, que precisa sobreviver à tentativa de bater a carteira do povo.

Essa eleição é o
desejo de 70% dos brasileiros, inclusive de 2/3 dos eleitores do Aecím.

Essa eleição em que o
Lula desponta com 29% da preferência do eleitor.

Mas, o que fazer com a Globo, perguntam os céticos.

O
Miranda do Guardian sabe: a Globo se desmoralizou irremediavelmente.

Não serve mais nem para anunciar o presunto da Fátima Bernardes.

Promove o da Sadia.

Com a Dilma ou sem a Dilma - ela não perde a oportunidade de perder oportunidades, como fez no
melancólico discurso na ONU - o povo arranca a eleição desse mesmo Congresso que está aí - cuja maioria desfruta de provisória liberdade.

Os céticos da eleição não saem mais às ruas.

Estão encurralados pela perplexidade.

E enfraquecidos pelo burocratismo que emperra as máquinas, depois de 14 anos de poder.

A rua os conduzirá.

Paulo Henrique Amorim

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