Barbosa detona o “pau mandado” da Veja
Por Altamiro Borges
O “golpe dos corruptos”, que alçou o Judas Michel Temer ao poder central, tem produzido cenas curiosas. Em 2012, a asquerosa revista Veja transformou o ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, no “menino pobre que mudou o Brasil”. Carrasco do “mensalão petista” no STF, ele virou o herói dos que conspiravam contra a democracia e chegou até a ser cogitado como presidenciável. Mas o mundo dá voltas. Neste ano, Joaquim Barbosa passou a destoar da direita nativa e a mídia venal promoveu o seu sumário sumiço. Já nesta semana, ele criticou a “encenação” do impeachment de Dilma e despertou a raiva hidrófoba de Reinaldo Azevedo, o pitbull da mesma Veja.
Em seu blog, o capacho da famiglia Civita disparou contra a entrevista do ex-presidente do STF. “[Ela] traz uma das maiores quantidades de bobagens por centímetro quadrado dos últimos tempos”. Joaquim Barbosa não se intimidou e respondeu a altura. Em seu Twitter, postou: “Já era esperado, não era? Há um ano eu não dava entrevista. Abri a boca e já apareceu o primeiro ataque. Feroz”; “De quem? De um 'pau mandado' de grupos e partidos políticos chamado Reinaldo Azevedo. Um idiota que não tem consciência da própria irrelevância”. Os “midiotas” adestrados pela revista do esgoto e seguidores fieis do “pau mandado” devem ter ficado desnorteados!
Encenação por motivos espúrios
Na entrevista citada, concedida à repórter Mônica Bergamo, da Folha, Joaquim Barbosa explicou suas críticas ao “impeachment Tabajara” de Dilma. “Tabajara porque aquilo foi uma encenação. Todos os passos já estavam planejados desde 2015. Aqueles ritos [no Congresso] foram cumpridos apenas formalmente. O que houve foi que um grupo de políticos que supostamente davam apoio ao governo num determinado momento decidiu que iriam destituir a presidente. O resto foi pura encenação... Acuados por acusações graves, eles tinham uma motivação espúria: impedir a investigação de crimes por eles praticados. Essa encenação toda foi um véu que se criou para encobrir a real motivação, que continua válida”.
O ex-presidente do STF também criticou os que foram às ruas esbravejar pela queda da Dilma. “A sociedade brasileira ainda não acordou para a fragilidade institucional que se criou quando se mexeu num pilar fundamental do nosso sistema de governo, que é a Presidência. Uma das consequências mais graves de todo esse processo foi o seu enfraquecimento. Aquelas lideranças da sociedade que apoiaram com vigor, muitas vezes com ódio, um ato grave como é o impeachment não tinham clareza da desestabilização estrutural que ele provoca... Essa desestabilização empoderou essa gente numa Presidência sem legitimidade unida a um Congresso com motivações espúrias. E esse grupo se sente legitimado a praticar as maiores barbáries institucionais contra o país”.
Covil de Temer não resistirá à pressão
No final da entrevista, Joaquim Barbosa fez prognósticos sombrios sobre o governo golpista. “Nós continuaremos em turbulência. Isso só vai acabar no dia em que o Brasil tiver um presidente legitimado pela soberania popular. Aceito de forma consensual, límpida, tranquila, pela grande maioria da população... É tão artificial essa situação criada pelo impeachment que eu acho, sinceramente, que esse governo não resistiria a uma série de grandes manifestações... Ele [Michel Temer] acha que vai se legitimar. Mas não vai. Não vai. Esse malaise [mal estar] institucional vai perdurar durante os próximos dois anos”.
E para atazanar ainda mais os “midiotas” adestrados por Reinaldo Azevedo, Joaquim Barbosa ainda opinou sobre a possibilidade de prisão do ex-presidente Lula no bojo da Operação Lava-Jato. “Sei que há uma mobilização, um desejo, uma fúria para ver o Lula condenado e preso antes de ser sequer julgado. E há uma repercussão clara disso nos meios de comunicação. Há um esforço nesse sentido. Mas isso não me impressiona. Há um olhar muito negativo do mundo sobre o Brasil hoje. Uma prisão sem fundamento de um ex-presidente com o peso e a história do Lula só tornaria esse olhar ainda mais negativo. Teria que ser algo incontestável”.
Estas e outras opiniões demolidoras irritaram Reinaldo Azevedo, um apoiador entusiasta do “golpe dos corruptos”. Ele destilou sua raiva no site da Veja e recebeu o troco de Joaquim Barbosa: “pau mandado”, “um idiota que não tem consciência da própria irrelevância”. Bela definição!
O “golpe dos corruptos”, que alçou o Judas Michel Temer ao poder central, tem produzido cenas curiosas. Em 2012, a asquerosa revista Veja transformou o ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, no “menino pobre que mudou o Brasil”. Carrasco do “mensalão petista” no STF, ele virou o herói dos que conspiravam contra a democracia e chegou até a ser cogitado como presidenciável. Mas o mundo dá voltas. Neste ano, Joaquim Barbosa passou a destoar da direita nativa e a mídia venal promoveu o seu sumário sumiço. Já nesta semana, ele criticou a “encenação” do impeachment de Dilma e despertou a raiva hidrófoba de Reinaldo Azevedo, o pitbull da mesma Veja.
Em seu blog, o capacho da famiglia Civita disparou contra a entrevista do ex-presidente do STF. “[Ela] traz uma das maiores quantidades de bobagens por centímetro quadrado dos últimos tempos”. Joaquim Barbosa não se intimidou e respondeu a altura. Em seu Twitter, postou: “Já era esperado, não era? Há um ano eu não dava entrevista. Abri a boca e já apareceu o primeiro ataque. Feroz”; “De quem? De um 'pau mandado' de grupos e partidos políticos chamado Reinaldo Azevedo. Um idiota que não tem consciência da própria irrelevância”. Os “midiotas” adestrados pela revista do esgoto e seguidores fieis do “pau mandado” devem ter ficado desnorteados!
Encenação por motivos espúrios
Na entrevista citada, concedida à repórter Mônica Bergamo, da Folha, Joaquim Barbosa explicou suas críticas ao “impeachment Tabajara” de Dilma. “Tabajara porque aquilo foi uma encenação. Todos os passos já estavam planejados desde 2015. Aqueles ritos [no Congresso] foram cumpridos apenas formalmente. O que houve foi que um grupo de políticos que supostamente davam apoio ao governo num determinado momento decidiu que iriam destituir a presidente. O resto foi pura encenação... Acuados por acusações graves, eles tinham uma motivação espúria: impedir a investigação de crimes por eles praticados. Essa encenação toda foi um véu que se criou para encobrir a real motivação, que continua válida”.
O ex-presidente do STF também criticou os que foram às ruas esbravejar pela queda da Dilma. “A sociedade brasileira ainda não acordou para a fragilidade institucional que se criou quando se mexeu num pilar fundamental do nosso sistema de governo, que é a Presidência. Uma das consequências mais graves de todo esse processo foi o seu enfraquecimento. Aquelas lideranças da sociedade que apoiaram com vigor, muitas vezes com ódio, um ato grave como é o impeachment não tinham clareza da desestabilização estrutural que ele provoca... Essa desestabilização empoderou essa gente numa Presidência sem legitimidade unida a um Congresso com motivações espúrias. E esse grupo se sente legitimado a praticar as maiores barbáries institucionais contra o país”.
Covil de Temer não resistirá à pressão
No final da entrevista, Joaquim Barbosa fez prognósticos sombrios sobre o governo golpista. “Nós continuaremos em turbulência. Isso só vai acabar no dia em que o Brasil tiver um presidente legitimado pela soberania popular. Aceito de forma consensual, límpida, tranquila, pela grande maioria da população... É tão artificial essa situação criada pelo impeachment que eu acho, sinceramente, que esse governo não resistiria a uma série de grandes manifestações... Ele [Michel Temer] acha que vai se legitimar. Mas não vai. Não vai. Esse malaise [mal estar] institucional vai perdurar durante os próximos dois anos”.
E para atazanar ainda mais os “midiotas” adestrados por Reinaldo Azevedo, Joaquim Barbosa ainda opinou sobre a possibilidade de prisão do ex-presidente Lula no bojo da Operação Lava-Jato. “Sei que há uma mobilização, um desejo, uma fúria para ver o Lula condenado e preso antes de ser sequer julgado. E há uma repercussão clara disso nos meios de comunicação. Há um esforço nesse sentido. Mas isso não me impressiona. Há um olhar muito negativo do mundo sobre o Brasil hoje. Uma prisão sem fundamento de um ex-presidente com o peso e a história do Lula só tornaria esse olhar ainda mais negativo. Teria que ser algo incontestável”.
Estas e outras opiniões demolidoras irritaram Reinaldo Azevedo, um apoiador entusiasta do “golpe dos corruptos”. Ele destilou sua raiva no site da Veja e recebeu o troco de Joaquim Barbosa: “pau mandado”, “um idiota que não tem consciência da própria irrelevância”. Bela definição!
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