O Papa Francisco já ousou dizer que "o dinheiro é importante sobretudo quando não existe e dele dependem a comida, a escola, o futuro dos filhos, mas é ídolo quando se torna fim do próprio agir".
O Papa fez essa declaração num encontro sobre a Economia da Comunhão, em fevereiro deste ano, no Vaticano. No mesmo dia, ele emendou:
"Percebe-se, pois, o valor ético e espiritual da vossa escolha de colocar os lucros em comum. O modo e mais concreto para não fazer do dinheiro um ídolo é partilhá-lo com os outros, sobretudo os pobres, ou para fazer estudar e trabalhar os jovens, vencendo a tentação idólatra com a comunhão. Quando partilhais e doais os vossos lucros, estais a fazer um ato de alta espiritualidade, dizendo com os fatos ao dinheiro: tu não és Deus, tu não és senhor, tu não és patrão”.
Em julho, o Papa Francisco defendeu a atuação dos sindicatos em meio à crise do capitalismo:
"Não há uma boa sociedade sem um bom sindicato e não há um sindicato bom que não esteja dentro das periferias com objetivo de transformar o modelo econômico"
Vale lembrar que em julho de 2015, durante o 2º Encontro Mundial de Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, o Papa defendeu uma mudança de estrutura mundial:
"Reconhecemos que este sistema impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza? Se é assim, insisto, digamos sem medo: queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema já não se aguenta, os camponeses, trabalhadores, as comunidades e os povos tampouco o aguentam. E tampouco o aguenta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia são Francisco".
Naquele dia, o Papa Francisco teve a coragem de chamar o Capitalismo de "uma ditadura sutil".
Por fim, nesta segunda-feira, 25/XII, na tradicional mensagem do Dia de Natal, o Pontífice voltou ao tema:
"Hoje, enquanto sopram os ventos da guerra no mundo, um modelo ultrapassado de desenvolvimento (o neolibelismo - PHA) continua a produzir a degradação do ser humano, da sociedade e do meio ambiente."
Em tempo: o que diriam sobre isso os açougueiros do tal neolibelismo? E o PiG, que prega justamente o oposto do que pede o Papa Francisco? E a Bláblárina, que diz defender o Meio Ambiente mas tem como fada madrinha o Itaúúúúú?
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