quinta-feira, 13 de setembro de 2018

POLÍTICA - Teremos uma "onda" Haddad?

Foto Ricardo Stuckert
Em todas as eleições ocorrem os fenômenos das ondas sucessivas, de eleitores testando vários candidatos, até se fixar nos favoritos. Nessas eleições, houve uma pequena onda em direção a Joao Amoedo, mas que não chegou a ganhar dimensão.

Entra-se na reta final, para o 2º turno, na seguinte situação.

Bolsonaro – houve a onda inicial, depois o aumento da convicção dos eleitores e, agora, uma segunda onda motivada pela facada. Tem que esperar mais alguns dias para o balanço final.

Alckmin e Marina -  entram na reta final com as candidaturas fazendo água. Nem facada reverte esse esvaziamento.

Ciro Gomes – especialmente nos segmentos médios, cresceu, na última semana. em cima da demora de Lula em definir sua candidatura.

Haddad – a onda Haddad começa agora, depois de oficializada sua candidatura.
Ainda não se tem o desenho final para o 2º turno por conta de duas variáveis indefinidas.

  1. Até onde irá a onda Bolsonaro, que ganhou um reforço adicional com a facada.
  2. A transferência de votos de Lula a Haddad.
  3. Os factoides que a mídia sempre explode às vésperas de cada eleição. Parou na delação de Antonio Palocci, ou vem mais?

O poder de manipulação da mídia está reduzido, depois da falsa ilusão do pós-Dilma e da era Temer. Nos segmentos mais esclarecidos, há um fenômeno curioso, que ocorreu também com a avaliação das políticas sociais de Lula e com o sucesso no enfrentamento da crise de 2008: o reconhecimento vem de fora para dentro, graças ao maior acesso às informações internacionais pela Internet.

Hoje em dia, especialmente a Globo ainda mantém influência, mas sobre um inventário fixo de seguidores. Ao contrário de outros momentos, não tem mais o poder de influenciar, por factoides, a massa dos eleitores. E Veja tornou-se tão irrelevante que até uma boa matéria sobre a facada em Bolsonaro passou despercebida.

 

A pesquisa Vox


Por que a pesquisa Vox é mais confiável que as demais? Divulgada hoje, a pesquisa coloca Haddad na frente, com 22 pontos, contra 18% de Bolsonaro, 10% de Ciro Gomes, 5% para  Marina Silva e 4% para Geraldo Alckmin.

As demais pesquisas medem o grau de conhecimento atual dos eleitores, sobre a indicação de Haddad por Lula. A da Vox informa o leitor dessa ligação. Portanto, fica mais próximo do nível de conhecimento dos eleitores no dia da eleição, o pico da onda Haddad.

Para o 2º turno, a pesquisa também é favorável a Haddad contra qualquer candidato.

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