quarta-feira, 12 de maio de 2021

Paulo Paim e Biden iguais.

 


Paim e Biden iguais (Por Claudio Brito)

por Luiz Müller

Cláudio Brito é um advogado, jornalista e radialista e este artigo foi originalmente publicado no Diário de Canoas

Falando ao programa NH10, na rádio ABC 103 FM, o senador Paulo Paim não se incomodou quando lhe falei que vivi para, em uma entrevista, ouvi-lo saudando e elogiando um presidente norte-americano. O motivo é mesmo relevante e justificável. Joe Biden assumiu posição e realizou atos governamentais que coincidem com tudo o que o petista gaúcho vem defendendo em matéria de combate ao coronavírus pela vacinação. O apoio de Biden às licenças de patentes de vacinas indispensáveis à vitória sobre a Covid-19 está sendo tratado como uma decisão histórica. Segundo Paulo Paim, “vai alargar os horizontes de fraternidade entre as nações”. Meu entrevistado aplaudiu a atitude de Biden e aproveitou para manifestar sua proposta de que mundo afora se multiplique comportamento igual.

 Paim se entusiasma e diz, em artigo que publicou no Jornal do Brasil, que “a União Europeia já deu sinal positivo. O mundo está se movimentando. A Organização Mundial da Saúde aplaudiu a decisão, considerando um exemplo poderoso de liderança no enfrentamento dos desafios globais da saúde”.

 A quebra das patentes também alcança largo debate na Organização Mundial do Comércio, avançando o acolhimento, o que se confirma com a adesão de ganhadores do Prêmio Nobel e do Oscar, além de entidades como Médicos sem Fronteiras, movimentos sociais e religiosos. Projeto de Paim foi aprovado no Senado, depois de intensa batalha desde agosto de 2020. Agora, será a vez da Câmara dos Deputados, o que não está sendo tão simples como se poderia pretender e imaginar. Trata-se de eliminar a vedação que representam as patentes à produção de vacinas que todos queremos ver disponíveis.

  “Os laboratórios que detêm as patentes precisam entender que a vida está acima dos lucros”, afirma Paim em defesa de sua proposta legislativa, enquanto percorre as várias bancadas parlamentares em busca dos votos necessários à aprovação de medida transcendental, que Joe Biden por certo sancionaria, fosse em sua pátria a cruzada em favor da produção livre das vacinas, que são a única salvação ante o coronavírus.

 Se estivessem em um mesmo cenário, sei que Paim não vacilaria em estar ao lado de Biden em manifestações em defesa da licença temporária sobre a propriedade intelectual das vacinas. Aliás, é relevante lembrar que se trata de quebra dos impedimentos por um período, para que a sociedade mundial possa usufruir da proteção garantida que os imunizantes representam. Novamente lembrando os aspectos comerciais e econômicos que estão envolvidos nessa matéria, Paim reafirma que a aprovação de seu projeto, agora na Câmara, vai permitir a fabricação de vacinas em grande escala, bilhões de doses, que serão a resposta que todos esperam para o combate efetivo à pandemia.

Acredito nisso e torço pela votação e aprovação muito em breve. Precisamos disso.

A produção livre das vacinas será a única salvação ante o coronavírus.

Cláudio José Silveira Brito é um advogado, jornalista e radialista e este artigo foi originalmente publicado no Diário de Canoas

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