sábado, 30 de abril de 2022

Brasil de Fato: A extrema direita comemorou a venda do Twitter para Elon Musk.

 

 
Brasil de Fato
 
A extrema direita comemorou a venda do Twitter para Elon Musk. Por quê?
 
Quarta-feira, 27 de abril de 2022
 
 
Foi na segunda-feira que o Twitter anunciou que todas as ações da empresa foram compradas pelo bilionário Elon Musk, mas a preocupação permanece. O que isso pode significar para o futuro da comunicação e da democracia?
Em primeiro lugar, o Conselho de Administração do Twitter fez o que podia para evitar a transação. Houve uma tentativa de limitar a fatia de ações que Musk poderia comprar: através da chamada “poison pill”, os outros acionistas teriam prioridade na compra de ações. Mas o valor que Musk ofertou para os acionistas falou mais alto do que as estratégias do conselho.
O fato de que a aquisição foi comemorada por Bolsonaro e seus apoiadores já é um sinal de alerta. O governo já havia atuado em um lobby a favor da atuação de uma das empresas de Elon Musk, a Starlink, no Brasil. A Starlink tem planos de instalar uma rede de milhares de satélites sobre a Amazônia, com a justificativa de melhorar o sinal de internet na região, como você pode ler aqui.
Mas o buraco é mais embaixo: os bolsonaristas celebram a defesa que Elon Musk faz da ideia de “liberdade” na plataforma. Vale lembrar que Donald Trump, inspiração de Bolsonaro, teve sua conta no Twitter cancelada ao incentivar os protestos antidemocráticos que resultaram na invasão do Capitólio. Com Musk no controle da plataforma, o caminho para Trump pode ser reaberto – assim como a possibilidade de menor fiscalização para discursos de ódio, fake news e outros ataques institucionais.
É certamente perigoso que a nossa comunicação esteja nas mãos de megaempresas, por mais que elas afirmem defender a “liberdade” em suas operações. Quando lembramos que Elon Musk já usou sua própria conta no Twitter para fazer postagens defendendo golpes de Estado quando isso iria beneficiar seus negócios, fica a pergunta: liberdade para quem?
“Toda chuvada que dá a gente perde. Entendeu? Não tem como nós juntar”
Criado em 2003, no começo do governo Lula, o Programa Cisternas garantiu o acesso à água para mais de 1,3 milhão de lares no semiárido brasileiro. A cisterna é uma tecnologia barata que transforma a vida das pessoas. Ela coleta e armazena a água da chuva para que as famílias consigam conviver com os meses de seca com acesso a água, o que também permite manter o manejo de plantações e animais de criação para subsistência.
Mas a garantia de acesso à água durante o ano todo está ameaçada pelo desmonte da política. O Ministério da Cidadania diz que foram construídas 4,3 mil cisternas em 2021, só que isso não é suficiente. Para se ter uma ideia, somente em 2014 o governo construiu 149 mil dessas estruturas. A Articulação Semiárido Brasileiro afirma que não houve repasse de recursos para o programa no ano passado.
O Brasil de Fato fez uma reportagem mostrando os cenários de quem viu sua vida transformada pelo acesso constante à água, e as dificuldades de quem ainda precisa enfrentar meses e meses de seca. Clique aqui para acessar a matéria completa em texto e vídeo.
 
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