Em primeiro lugar, o Conselho de Administração do Twitter fez o que podia para evitar a transação. Houve uma tentativa de limitar a fatia de ações que Musk poderia comprar: através da chamada “poison pill”, os outros acionistas teriam prioridade na compra de ações. Mas o valor que Musk ofertou para os acionistas falou mais alto do que as estratégias do conselho. Mas o buraco é mais embaixo: os bolsonaristas celebram a defesa que Elon Musk faz da ideia de “liberdade” na plataforma. Vale lembrar que Donald Trump, inspiração de Bolsonaro, teve sua conta no Twitter cancelada ao incentivar os protestos antidemocráticos que resultaram na invasão do Capitólio. Com Musk no controle da plataforma, o caminho para Trump pode ser reaberto – assim como a possibilidade de menor fiscalização para discursos de ódio, fake news e outros ataques institucionais. “Toda chuvada que dá a gente perde. Entendeu? Não tem como nós juntar” Criado em 2003, no começo do governo Lula, o Programa Cisternas garantiu o acesso à água para mais de 1,3 milhão de lares no semiárido brasileiro. A cisterna é uma tecnologia barata que transforma a vida das pessoas. Ela coleta e armazena a água da chuva para que as famílias consigam conviver com os meses de seca com acesso a água, o que também permite manter o manejo de plantações e animais de criação para subsistência. Mas a garantia de acesso à água durante o ano todo está ameaçada pelo desmonte da política. O Ministério da Cidadania diz que foram construídas 4,3 mil cisternas em 2021, só que isso não é suficiente. Para se ter uma ideia, somente em 2014 o governo construiu 149 mil dessas estruturas. A Articulação Semiárido Brasileiro afirma que não houve repasse de recursos para o programa no ano passado. |
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