segunda-feira, 26 de maio de 2014

POLÍTICA - A manchete de O Globo em 1962 retrata o que uma minoria defende para o Brasil.

Os avanços escondidos e as reações às políticas de redistribuição de riquezas

Por Assis Ribeiro
Parte dos brasileiros se especializou em escatologia e adquiriru o vício de falar mal do Brasil ao mesmo tempo em que elogia tudo o que acontece no exterior.

Esse segmento tem o controle da mídia e junto a ela forma uma série de crenças que são destrutivas ao Brasil como nação. Esses que jogam o Brasil para baixo são os mesmos que se emocionam quando se referem a outros povos e suas realizações.

Esse negativismo é um grande desserviço para o país que tem se desenvolvido de forma robusta mesmo com essa corrente puxando para trás.

Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar o que nos foi negado há várias décadas em benefício do enriquecimento de outros países. Desde a época da invasão portuguesa fomos sangrados pela remessa de nossa riqueza para o exterior, política que permaneceu por séculos e que beneficiava uns poucos que bovinamente aceitavam a situação de capatazes dos interesses internacionais e com isso enriqueciam enquanto mantinham a imensa parte da nossa população esquecida na pobreza e na miséria.

O Brasil mudou e continua mudando e isso causa desespero para aquela pequena parte que sempre se beneficiou com exclusividade das riquezas do nosso país e que preferem continuar com o modelo antigo de dependência aos interesses estrangeiros e de estratificação separatista da nossa sociedade.
Para que o Brasil alcance o grau de democracia de outros países mais avançados é necessária a política de inclusão, equilíbrio, descentralizar a riqueza por regiões, aumentar o salário médio da população, exatamente como fizeram esses países em determinados momentos de suas histórias.

Enquanto os especializados em escatologia tentam esconder os avanços da nossa democracia, tentando implantar o negativismo como forma de fazer acreditar que tudo está errado, o Brasil investe nestas áreas essenciais para nos tornarmos independentes como nação, na inclusão de toda a população no acesso à riqueza e no desenvolvimento de regiões mais pobres como o nordeste e norte do país.

Qualquer política que vise redistribuir a concentração de riqueza causa reações extremas:

1) Por isso políticos inescrupulosos e a mídia criticam os investimentos federais para desconcentrar a riqueza do polo sudeste de produção levando parte do desenvolvimento do país para o nordeste/norte, as reações derivadas do bombardeio midiático à essa política são observadas no aumento do preconceito e intolerância contra nordestinos.
2) Por isso a concentrada imprensa critica as propostas de se criar mecanismos para o surgimento de outras fontes de informação e a reação violenta contra o governo.
3) Por isso determinado segmento critica o aumento do salário mínimo e outras políticas de  inclusão e a reação violenta ao aumento dos direitos para as empregadas domésticas, ao + médicos, etc.
4) Por isso políticas de inclusão como as cotas são criticadas e os investimentos em escolas públicas escondidas.

Essa reação da imprensa contra avanços é histórica, abaixo uma foto de uma matéria de 1962, apenas para ilustrar:

http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/11/manchete.jpg


Os avanços escondidos:

1) Energia elétrica
http://www.mudamais.com/sites/default/files/img_noticias/deficit_energetico.png
Em 2013, a capacidade instalada da matriz energética brasileira alcançou um valor 64,3% maior que o de 2001 – ano do apagão, na gestão FHC. Aliás, se compararmos o desempenho atual do sistema com o de 2001/2002, vemos, pelos dados do Ministério de Minas e Energia, que o risco de déficit energético em 2001 era mais de 6 vezes maior que o deste ano nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e mais de 23 vezes superior no Nordeste.
Não apenas a situação atual é favorável, como também há investimentos sólidos no futuro. As obras do PAC2 (link is external)  já proporcionaram aumento da capacidade energética do Brasil em 10.200 MW, com instalações como as hidrelétricas de  Jirau (3.750 MW) e de Santo Antônio (3.150 MW). O incremento total da capacidade energética do pais, com as obras do PAC2, será de 26.784 MW - a usina de Belo Monte, por exemplo, terá capacidade de produção de 11.233 MW. Estão sendo construídas 9 hidrelétricas, 6 termelétricas, 140 eólicas e 5 pequenas centrais hidrelétricas.

2) O Brasil parado.

Em todo o país, são mais de 30 mil empreendimentos. O total de execução atingiu R$ 773,4 bilhões até 31 de dezembro de 2013.

 3) As mentiras sobre a copa
 
http://www.mudamais.com/sites/default/files/img_noticias/investimento-copa_3_0.png
Desde 2010 o governo investiu R$ 968 bilhões em educação, saúde e infraestrutura. E como a nova onda é a de somar, ainda foram investidos R$ 17,6 bilhões em toda a infraestrutura envolvendo a Copa.

4) Educação

Ensino básico
O valor investido em 2013 no Fundeb na educação básica pública foi de 111,1 bilhões e orçamento de R$ 117,2 bilhões para 2014, o que significa aumento de 5,5% em relação ao ano passado.

Ensino profissional e técnico
Foram criadas 214 novas escolas federais, número maior do que o de todas as escolas já criadas na história do Brasil. Outras 208  estão sendo inauguradas. Já foram ofertadas mais de um milhão de vagas gratuitas desde 2009.

Ensino superiorForam inauguradas 14 universidades e 146 extensões universitárias.Duplicou número de vagas nas universidades federais.O Prouni já distribuiu 1.096.343 bolsas de estudos em 1.300 instituições privadas de ensino superior em 1.372 municípios.
O FIES emprestou 25 bilhões de reais a 760 mil universitários. Creches O governo entregou 1300 creches até o início desse ano e outras 3100 estão em construção. São 49 mil escolas com ensino de tempo integral e o objetivo é chegar a 60 mil até o fim do ano.

5) Emprego, Inflação, Salário mínimo

http://www.mudamais.com/sites/default/files/img_noticias/medo1.png

6) Os investimentos de um governo que não está parado (PAC 2).

Um detalhe: o governo destina os investimentos, ou seja, paga pelas obras, mas a execução cabe aos governos de estados e municípios.

Amazonas: as rodovias do Amazonas receberam R$ 584,1 milhões, a maior parte para a manutenção e sinalização de rodovias. Outros R$ 30 milhões foram destinados à construção e pavimentação da BR-317, na divisa entre Acre e Amazonas.
Rio Grande do Norte: foram destinados R$ 2,6 bilhões para a construção de usinas eólicas no estado. São 70 projetos em obras ou em licitação e outros 9 concluídas de acordo com o último balanço do PAC.
Ceará: o PAC2 tem grandes investimentos em energia limpa. O estado também se destaca, com R$ 2,7 bilhões envolvendo 25 projetos de usina eólica. No eixo Comunidade Cidadã, são R$ 278 milhões para a construação de R$ 130 creches em 94 municípios. Outros R$ 125,04 milhões são destinados a quadras esportivas nas escolas.
Bahia: mais de R$ 3,2 bilhões foram destinados para a expansão da malha ferroviária. Um dos destaques é o trecho de integração Oeste/Leste entre Caetité e Barreiras. Essa ferrovia vai dinamizar o escoamento da produção do estado e será interligado a outros importantes polos do país.
Pernambuco: o programa Minha Casa Minha Vida destaca-se em todos os estados que receberão a Copa do Mundo e, para a região dos leões do norte foram destinados R$ 7,3 bilhões, sendo R$ 2,7 bilhões para a construção das unidades e urbanização dos assentamentos precários. Os investimentos em recursos hidrícos possibilitaram a revitalização de bacias, sistema de macrodrenagem, projeto de integração do Rio São Francisco.
Mato Grosso: dos R$ 3,1 bilhões destinados a recuperação das rodovias do estado, destacam-se os investimentos para a duplicação da BR 163-364, que liga Rondonópolis a Cuiabá. Observe também os recursos em mobilidade urbana que permitiram o novo modal de transportes na capital. Já são 29 composições do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).
Minas Gerais: um dos maiores investimentos no estado tem por objetivo melhorar o trânsito da capital Belo Horizonte. São mais de R$ 2,1 bilhões para ações como novos corredores de ônibus, expansão da central de controle de trânsito e três BRT.
São Paulo: o projeto Sapinhoá Piloto contou com R$ 9 bi em investimentos para campos e plataformas da Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência (FPSO em inglês). O governo ainda destinou ao estado R$ 516,26 milhões, para a construção de 313 creches e pré-escolas em 210 municípios.
Rio de Janeiro: catorze bairros serão cortados pelo corredor Transcarioca, que tem 39km de trajeto. A obra recebeu investimentos de R$ 1,9 bi. Outros R$ 510,89 milhões foram destinados a projetos envolvendo água em áreas urbanas.
Paraná: R$ 5,3 bi do PAC2 foram destinados as obras de modernização para conversão e ampliação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar). O estado ainda conta com R$ 304,93 milhões para a construção de 225 creches e pré-escolas em 146 municípios.
Rio Grande do Sul: foram destinados ao estado R$ 272,27 milhões para a construção de 202 creches e pré-escolas em 127 municípios. Outros R$ 383 milhões na expansão do Trensurb que liga São Leopoldo a Novo Hamburgo.
Distrito Federal: o maior investimento está na construção, financiamento e urbanização de assentamentos precários, projetos relacionados ao programa MCMV, mas destacam-se também os R$ 3 bi em transporte.
Dados consultados em diversas fontes.

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