Crítico de Alberto Fernández, Bolsonaro “pipoca” no G20: “Rivalidade só no futebol”
O brasileiro apresentou Paulo Guedes ao presidente argentino e disse: “Olha o nosso ministro aqui. Esse tem que ser seu amigo”
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Habituado a tecer críticas ferozes contra o presidente argentino, Alberto Fernández, Jair Bolsonaro “pipocou” na frente do mandatário, em rápido encontro nos corredores do G20, neste sábado (30). O encontro está sendo realizado em Roma, na Itália.
Logo que se encontraram, Fernández indagou à comitiva brasileira quando seriam as próximas eleições gerais no Brasil. As primárias para o pleito legislativo argentino ocorreram há um mês e as eleições serão em 14 de novembro.
Em tom de brincadeira, Fernández disse para Bolsonaro: “Não me parabenizou pela vitória da Argentina (na Copa América), não é?”. O brasileiro respondeu: “Rivalidade só no futebol”.
Em seguida, o argentino perguntou a Bolsonaro se estava tudo bem. “É difícil, mas vamos indo bem. Vamos indo”, respondeu.
Depois disso, o brasileiro apontou para Paulo Guedes e o apresentou a Fernández: “Olha o nosso ministro aqui. Esse tem que ser seu amigo, o ministro da Economia”.
Antecedente
Bolsonaro sempre adotou uma postura de ataque ao presidente argentino, desde sua candidatura. Em 2019, o brasileiro disse o seguinte, um dia depois da eleição que conduziu a chapa Fernández-Kirchner à vitória:
“Não esqueçam que, mais ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma de Dilma Rousseff, que é a mesma de Hugo Chávez, de Fidel Castro, deu sinal de vida aqui. Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul um novo estado de Roraima. Vocês (gaúchos) podem correr o risco de, ao ter uma catástrofe econômica lá, como teve na Venezuela, ter uma invasão da Argentina aqui”.
Fernández rebateu em seguida e classificou Bolsonaro como “racista, misógino e violento”, durante entrevista ao programa “Corea del Centro”, da emissora Net TV.
“Com o Brasil, teremos uma relação esplêndida. O Brasil sempre será nosso principal sócio. Bolsonaro é uma conjuntura na vida do Brasil, como Macri é uma conjuntura na vida da Argentina. Agora, em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Bolsonaro. Comemoro enormemente que fale mal de mim. É um racista, um misógino, um violento”, acrescentou.
Com informações da CNN Brasil
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