Não há como se afirmar que Bolsonaro recuperou o fôlego. Por Rudá Ricci
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Por Rudá Ricci
Ocorreu, nesta semana que termina hoje, um repique positivo para Bolsonaro.
Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de outubro mostra que Bolsonaro diminuiu a diferença e hoje perderia para Lula por 37% a 52% em um eventual 2º turno. De 23 pontos (pesquisa realizada em 29 de setembro) caiu para 15 pontos percentuais.
Também gerou uma situação positiva para o bolsonarismo a decisão do TSE de rejeitar a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão. Como compensação, cassaram um deputado e afirmaram que para 2022 tudo será diferente.
Outra sinalização importante para Bolsonaro foi a decisão do Centrão em blindá-lo, caso perca o foro privilegiado a partir de 2023. Essa decisão sinaliza apoio do Centrão à Bolsonaro, em 2022. Contudo, a campanha de Lula sinaliza o nome de Rodrigo Pacheco (PSD) como vice.
Aras decide fatiar as denúncias da CPI e, por obrigação de ofício, determinou a abertura de uma investigação preliminar para apurar os crimes imputados à Bolsonaro e aos outros doze políticos indiciados pelo relatório final. A hipótese de escolher um bode expiatório é razoável.
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As ações do governo Bolsonaro e da extrema-direita
O auxílio emergencial quica na entrada da grande área e o Bolsa Família passa a ser substituído pelo Auxílio Brasil (via MP). Esta parece ser a grande aposta de Bolsonaro para conter o índice histórico de rejeição.
Finalmente, temos uma série de ações do campo da extrema-direita, envolvendo empresários e jornalistas, preparando o bote para 2022 em diante: Instituto Liberal-Conservador (de Eduardo Bolsonaro), Brasil Paralelo, Brasil 200 e Telegram.
Uma rápida observação. Temos quase um ano pela frente. Devemos evitar o pêndulo maníaco-depressivo que assola o campo progressista: não há como se afirmar que Bolsonaro recuperou o fôlego, assim como sempre foi um erro afirmar que Lula vencerá no 1º turno.
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