domingo, 3 de abril de 2022

As sombras de junho de 2013

 


As sombras de junho de 2013 e as eleições de 2022 (Por Arnóbio Rocha)

por Luiz Müller

Por Arnóbio Rocha em seu Blog

O vendaval das sombras de 2013

Há vários processos simultâneos acontecendo na sociedade, alguns deles parecem que são movimentos invisíveis, silenciosos, que quando explodem ninguém consegue explicar, nem mesmo entender o que aconteceu ou quais as mudanças que provocam em toda a sociedade.

Mesmo os movimentos pequenos, subterrâneos, e eles acabam saindo daquele esconderijo secreto e tomam conta do debate.

Muitas vezes a militância formal, perde a capacidade de perceber o que acontece por fora dela, sem o seu controle ou mesmo exerce alguma influência sobre novos movimentos e forma de organizações alternativas.

Nesse sentido, todos os movimentos surgidos antes de 2013, independente da matiz política, foram seguidamente ignorados ou vistos como sem nenhuma importância.

 A arrogância típica de quem está no “poder”, toda a sedução e vícios do Estado Burguês, isso cria uma “cegueira” e a perda do desconfiômetro do que passa fora do meio vivido.

O ambiente de ódio nas redes sociais (ainda incipientes), começavam ganhar força no mundo, com os filtros ideológicos de algoritmos que favoreciam todos esses grupos “antissistema” (ultra Esquerda e ultra Direita) contra os movimentos de esquerda tradicional, como também contra a Política e a Democracia.

É claro que faltou percepção e humildade para tratar com o “desconhecido”, pegos no contrapé, a Esquerda bateu cabeça por anos para caracterizar o que a tinha atropelado, primeiro à esquerda, depois à direita.

E política não tem vácuo, agora, 9 anos depois do vendaval de junho de 2013 e suas consequências, um novo ajuste, uma possibilidade de voltar ao governo central, espera-se que haja mais cuidado, percepção e atenção às demandas que foram ignoradas ou subestimadas.

Os excessos cometidos pela extrema-direita e do seu ultraliberalismo, a farra dos anos 10, parece que estão chegando ao seu fim, uma era incerta, de composições esdrúxulas para enfrentar o neofascismo, é o que se tem para o momento ou apenas mais uma adaptação?

O que é certo que não houve construção alternativa (à esquerda) em quase nenhum país, muito menos no Brasil.

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