Forças Armadas perdem oportunidade. E repetem que não torturaram
O que se esperava? Nada, até porque há aquele ditado de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo. Pois é, as Forças Armadas (CNV) aproveitaram a proximidade do fim de semana passado, prolongado, comunicaram à Comissão Nacional da Verdade (CNV), e a mídia registrou com a máxima discrição, que em seus quartéis e instalações militares nunca houve tortura, nunca ocorreram crimes, assassinatos, desaparecimento de corpos de adversários da ditadura, nenhuma ilegalidade.
Nem naqueles sete quartéis e dependências militares em São Paulo, Rio, Minas e Pernambuco, que a CNV havia pedido que fossem investigados os crimes de desrespeito aos direitos humanos que comprovadamente ocorreram, conforme depoimento de vítimas que sobreviveram á tortura e de testemunhas.
É isso mesmo que vocês estão lendo. Os chefes das Forças Armadas, do Exército, Marinha e Aeronáutica responderam à CNV que os quartéis e dependências militares jamais serviram a desvios de sua finalidade legal durante a ditadura. Nem naqueles sete, portanto, que a Comissão pediu que fossem investigados e que há vítimas sobreviventes da tortura e testemunham do desrespeito aos direitos humanos e crimes ali cometidos.
Negam a tortura sofrida por vítimas e que tem testemunhas
Na certa, para elas, não existiram, também, as torturas, crimes, desaparecimentos de corpos de adversários políticos do regime, desrespeito aos direitos humanos, enfim, praticados em dependências militares, confessados e confirmados por aqueles oficiais, policiais e agentes civis que atuaram na repressão em depoimentos às comissões da verdade e em entrevistas à imprensa.
Mas, aí levanta-se uma questão e fica a colocação absolutamente perturbadora e inaceitável feita ontem pelo colunista Jânio de Freitas em sua coluna “O que as palavras dizem” publicadas na Folha de S.Paulo: “se os chefes militares consideram que nessas práticas não houve desvio de finalidade, está implícita a concepção de que tortura, assassinatos e desaparecimentos são uma finalidade do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em suas instalações. E salve-se quem puder.”
E as FFAAs perderam, assim, a oportunidade, mais uma vez, de fazer aquilo que o ex-ministro José Dirceu tantas vezes cobrou e que põe um fim nessa questão e as reconcilia com a nação brasileira: jogaram por terra a chance de pedir desculpas aos brasileiros e assumir o grande erro que cometeram ao apoiar o golpe cívico-militar de 50 anos atrás, e sustentar uma ditadura de duas décadas no país, que provocou um retrocesso de meio século em todos os campos da vida nacional. Até quando o Brasil continuará esperando que elas façam isto?
O que se esperava? Nada, até porque há aquele ditado de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo. Pois é, as Forças Armadas (CNV) aproveitaram a proximidade do fim de semana passado, prolongado, comunicaram à Comissão Nacional da Verdade (CNV), e a mídia registrou com a máxima discrição, que em seus quartéis e instalações militares nunca houve tortura, nunca ocorreram crimes, assassinatos, desaparecimento de corpos de adversários da ditadura, nenhuma ilegalidade.
Nem naqueles sete quartéis e dependências militares em São Paulo, Rio, Minas e Pernambuco, que a CNV havia pedido que fossem investigados os crimes de desrespeito aos direitos humanos que comprovadamente ocorreram, conforme depoimento de vítimas que sobreviveram á tortura e de testemunhas.
É isso mesmo que vocês estão lendo. Os chefes das Forças Armadas, do Exército, Marinha e Aeronáutica responderam à CNV que os quartéis e dependências militares jamais serviram a desvios de sua finalidade legal durante a ditadura. Nem naqueles sete, portanto, que a Comissão pediu que fossem investigados e que há vítimas sobreviventes da tortura e testemunham do desrespeito aos direitos humanos e crimes ali cometidos.
Negam a tortura sofrida por vítimas e que tem testemunhas
Na certa, para elas, não existiram, também, as torturas, crimes, desaparecimentos de corpos de adversários políticos do regime, desrespeito aos direitos humanos, enfim, praticados em dependências militares, confessados e confirmados por aqueles oficiais, policiais e agentes civis que atuaram na repressão em depoimentos às comissões da verdade e em entrevistas à imprensa.
Mas, aí levanta-se uma questão e fica a colocação absolutamente perturbadora e inaceitável feita ontem pelo colunista Jânio de Freitas em sua coluna “O que as palavras dizem” publicadas na Folha de S.Paulo: “se os chefes militares consideram que nessas práticas não houve desvio de finalidade, está implícita a concepção de que tortura, assassinatos e desaparecimentos são uma finalidade do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em suas instalações. E salve-se quem puder.”
E as FFAAs perderam, assim, a oportunidade, mais uma vez, de fazer aquilo que o ex-ministro José Dirceu tantas vezes cobrou e que põe um fim nessa questão e as reconcilia com a nação brasileira: jogaram por terra a chance de pedir desculpas aos brasileiros e assumir o grande erro que cometeram ao apoiar o golpe cívico-militar de 50 anos atrás, e sustentar uma ditadura de duas décadas no país, que provocou um retrocesso de meio século em todos os campos da vida nacional. Até quando o Brasil continuará esperando que elas façam isto?
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