Aécio, a arte de sugar a esperteza e dar tiro no pé
Jornal GGN - Na arte de dar tiro no próprio pé, o presidenciável Aécio Neves, candidato do PSDB, tem tido um desempenho destacado.
No episódio das ofensas a Dilma Rousseff, na arena do Corinthians, durante a abertura da Copa do Mundo, ele declarou ser a situação fruto do que a petista andou plantando ao longo dos últimos anos. A fala pegou mal, Aécio mudou de ideia e passou a condenar as vaias e xingamentos à chefe da Nação.
Agora, Aécio deu mais um tiro no pé numa provocação ao governo Dilma.
Em reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta quinta (26), o candidato critica a formação de alianças em torno do PT no plano federal e celebra a chamada "debandada de governistas" rumo ao projeto do PSDB. Ele disparou a nova pérola:
- Muito mais gente já desembarcou e o governo ainda não percebeu. Vão sugar um pouco mais. E eu digo para eles: façam isso mesmo, suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado.
"Suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado", disse o presidenciável tucano no mesmo dia em que Dilma cobrava lealdade a aliados e criticava a "esperteza" de dissidentes do PTB que racharam com o governo e decidiram caminhar com o PSDB nas eleições deste ano. Aécio ainda acrescentou que a presidente faz "mercantilização da política" ao negociar a permanência de outras legendas ao seu lado.
Na prática, a parceria PSDB-PTB deve render a Aécio alguns minutos extras de propaganda eleitoral televisiva, apesar de Dilma ficar com o apoio de alguns parlamentares petebistas nos estados. O mais interessante na fala do senador mineiro, entretanto, são as dúvidas que pipocam na cabeça do (e)leitor:
1. Estaria Aécio indicando que batalha pelo apoio de "sanguessugas" para chegar ao poder?
2. A derrota de Dilma ou mesmo a perda progressiva de apoio político ao PT estariam acima da imagem do senador?
3. É possível criticar o modo como as alianças políticas são formadas, chamar a relação de mercantil e compactuar com os mesmos políticos que "sugam" a máquina pública e mudam de lado quando julgam conveniente?
4. Irá o presidenciável perceber o conflito e refazer o discurso mais essa vez?
Jornal GGN - Na arte de dar tiro no próprio pé, o presidenciável Aécio Neves, candidato do PSDB, tem tido um desempenho destacado.
No episódio das ofensas a Dilma Rousseff, na arena do Corinthians, durante a abertura da Copa do Mundo, ele declarou ser a situação fruto do que a petista andou plantando ao longo dos últimos anos. A fala pegou mal, Aécio mudou de ideia e passou a condenar as vaias e xingamentos à chefe da Nação.
Agora, Aécio deu mais um tiro no pé numa provocação ao governo Dilma.
Em reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta quinta (26), o candidato critica a formação de alianças em torno do PT no plano federal e celebra a chamada "debandada de governistas" rumo ao projeto do PSDB. Ele disparou a nova pérola:
- Muito mais gente já desembarcou e o governo ainda não percebeu. Vão sugar um pouco mais. E eu digo para eles: façam isso mesmo, suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado.
"Suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado", disse o presidenciável tucano no mesmo dia em que Dilma cobrava lealdade a aliados e criticava a "esperteza" de dissidentes do PTB que racharam com o governo e decidiram caminhar com o PSDB nas eleições deste ano. Aécio ainda acrescentou que a presidente faz "mercantilização da política" ao negociar a permanência de outras legendas ao seu lado.
Na prática, a parceria PSDB-PTB deve render a Aécio alguns minutos extras de propaganda eleitoral televisiva, apesar de Dilma ficar com o apoio de alguns parlamentares petebistas nos estados. O mais interessante na fala do senador mineiro, entretanto, são as dúvidas que pipocam na cabeça do (e)leitor:
1. Estaria Aécio indicando que batalha pelo apoio de "sanguessugas" para chegar ao poder?
2. A derrota de Dilma ou mesmo a perda progressiva de apoio político ao PT estariam acima da imagem do senador?
3. É possível criticar o modo como as alianças políticas são formadas, chamar a relação de mercantil e compactuar com os mesmos políticos que "sugam" a máquina pública e mudam de lado quando julgam conveniente?
4. Irá o presidenciável perceber o conflito e refazer o discurso mais essa vez?
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