Luís Costa Pinto, no Poder360: a Medicina converteu-se a uma seita satânica?
Luís Costa Pinto, um dos mais considerados jornalistas de Brasília, autor da bombástica entrevista de Pedro Collor é um homem de texto gentil, equilibrado e humano. Por isso mesmo, hoje, no Poder360, ele mostra que jornalista, se quer ser digno, não pode ter contemplação com a grosseria, o fanatismo e a desumanidade, como foi a monstruosa “corrente de imundícies” de médicos debochando e praguejando pela morte de Marisa Letícia Lula da Silva.
Em seu indignado artigo As bestas de jaleco, Costa Pinto diz que os médicos têm de reagir “de forma dura e organizada” aos que fazem com que a Medicina pareça ter ” se convertido aqui no Brasil a uma seita satânica seguida como profissão de fé por seres grotescos –sem alma, sem cérebro, sem compreensão do mundo, sem dó ou compaixão.”
Eles descreve as mensagens e atos – a esta altura já do conhecimento de todos – da reumatologista Gabriela Munhoz,d o cardiologista Ademar Poltronieri Filho, do urologista Michael Hennich e do neurologista Richam Faissal Ellakkis” nas redes sociais -aos quais chama de “seres abjetos” e as compara a outras, tão criminosas quanto, que povoam o noticiário.
Os valores dessa verdadeira quadrilha
de médicos que rasgaram seus juramentos aos princípios de Hipócrates e
espicaçaram qualquer solidariedade humana podem –e devem– ser comparados
aos patéticos protestos contra o desembarque de doutores e doutoras
cubanos no âmbito do programa Mais Médicos levado a cabo no primeiro
governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Podem e devem, ainda, ser
analisados em paralelo com a atitude criminosa de ortopedistas do
Distrito Federal que prescreviam cirurgias de colocação de próteses
ósseas desnecessárias e introduziam no corpo dos pacientes peças de
segunda mão –matando muitos de infecção, restringindo o movimento de
outros e assaltando-os abertamente ao superfaturar os procedimentos
clínicos e cirúrgicos.
Somam-se os exemplos e os paralelos.
Multiplica-se a solidariedade da infâmia, com a corporação protegendo
aos seus e deixando a sociedade à mercê da sorte. Abatido pela onda de
ódio conservador e primitivo contra os médicos cubanos, o Mais Médicos
se liquefez e devolveu à incerteza e à intermitência o atendimento a
milhares de brasileiros, sobretudo nas cidades do interior, porque o
exercício da Medicina é encarado por essa corja de “doutoras” e
“doutores” como Munhoz, Elliakkis et caterva como uma ação entre amigos
da mesma classe, do mesmo credo, do mesmo grupo e com o mesmo
objetivo.(…)
A ação dos vermes de jaleco que
abusaram da agonia de Marisa Letícia não pode ficar impune no meio
médico. Caso fique, toda a corporação corre o risco de começar a ser
tratada com o desprezo que bandidos assim merecem. E sentirão a dor da
discriminação que se dedica a quem vende a alma a seitas de fanáticos.
Médicos como os que se integraram a essa corrente da infâmia nascida no
Sírio-Libanês são passíveis do desprezo e merecedores de todos os
castigos divinos.
Leia, por favor, o artigo de Luís Costa Pinto no Poder 360.
É o chicote brandindo contra quem viola o templo do corpo humano. É das
coisas que fazem a gente ter orgulho da profissão e dos valores que
abraçou.
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