A estratégia de Kutuzov
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Em 1812, o célebre militar russo Marechal Kutuzov (1745-1813), durante a invasão napoleônica se utilizou dessa estratégia. Fazendo suas tropas recuarem para o interior do território russo, de modo a atrair Napoleão, que esticava cada vez mais a sua linha de suprimentos vinda do leste do Grão-Ducado da Polônia e do Grão-Ducado de Varsóvia (território então aliado do Império Napoleônico), ao mesmo tempo em que devastavam tudo o que não podiam levar. Ateavam fogo nas casas de madeira, deixando o exército napoleônico sem abrigos. Matavam os animais, deixando os invasores sem alimentos. E, com as linhas de abastecimento cada vez mais esticadas, podiam ser atacados pelas guerrilhas russas. Napoleão ia se distanciando de seu ponto de partida e enfrentando progressivas dificuldades. Kutuzov simplesmente recuava cada vez mais – sem oferecer combate a Napoleão, e Napoleão, com esperanças de que, uma hora ou outra, os russos travassem alguma batalha, ao menos para defender Moscou que tinha grande valor histórico e político por ser a capital da Rússia. Napoleão, porém, foi imprudente e não percebeu que a ideia de Kutuzov era sacrificar tudo, inclusive Moscou, para que Napoleão adentrasse o mais possível em território russo, até que chegasse o inverno. E Napoleão não estava preparado para o inverno. Quando chegou o inverno, Napoleão estava muito distante de seu ponto de partida e teve que recuar em péssimas condições. Ele não tinha onde abrigar seu exército, nem como alimentá-lo. Com o exército francês enfraquecido, houve o momento perfeito para que os russos atacassem. A retirada se torna extremamente catastrófica, e com o exército russo sempre atacando à retaguarda, ocorrem muitas baixas, soldados se dispersam, se entregam. O exército napoleônico literalmente se arrastou de volta para a Polônia, em meio a nevascas e sob ataques dos russos, os quais, finalmente, conseguem expulsar o exército de Napoleão da Russia. WIKIPÉDIA N. do E. Kutuzov cutucava o dragão com vara longa. |
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
POLÍTICA - A estratégia de Kutuzov.
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