Vitória em ambiente de ameaça golpista
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O governo da presidenta Dilma Rousseff conquistou uma grande vitória política com a decisão tomada em sessão conjunta do Congresso Nacional, na madrugada desta quinta-feira (4), de aprovar a nova meta fiscal para o ano de 2014. Foi uma batalha legislativa que, do ponto de vista da oposição neoliberal e conservadora liderada pelo candidato derrotado Aécio Neves, fez parte de uma estratégia golpista.
Durante três semanas, esta oposição instalou um clima de guerra no interior do Poder Legislativo, com o indisfarçável propósito de jogar este e a opinião pública contra o governo da presidenta reeleita e impedir a aprovação de uma justa proposta formulada pelo Executivo de abater do cálculo do superávit primário as desonerações tributárias e investimentos nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A estridente ação oposicionista integra a movimentação política para criar um ambiente de ingovernabilidade e crise.
O PSDB, o DEM e demais componentes da coalizão reacionária não fizeram apenas uma batalha pelo voto dos parlamentares em torno de uma proposta legislativa, algo que seria rotineiro e absolutamente normal. Não estavam, muito menos, preocupados com a “credibilidade da economia brasileira”. Toda a estratégia se voltou para imputar à mandatária o “crime de responsabilidade”, supostamente decorrente da não obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal. Com suas chaves de palha, os comandados de Aécio Neves et caterva pretendiam abrir as portas para o processo de impeachment ou qualquer outra forma de deposição da presidenta.
Por isso, o clima de guerra chegou ao paroxismo na terça-feira (2), quando os partidos oposicionistas mobilizaram uma espécie de milícia formada por três dezenas de fascistas, que com gritos, insultos e ameaças de agressão nas galerias da Câmara dos Deputados, a Casa do povo, inviabilizou a continuidade da sessão deliberativa. O ódio do grupelho, agindo como estipendiário dos partidos derrotados na última eleição presidencial, voltou-se especialmente contra uma parlamentar comunista, a senadora Vanessa Graziottin, destilado com insultos e palavras de ordem direitistas.
A ofensiva golpista da oposição ganhou novos contornos durante a semana com a continuidade dos vazamentos seletivos de depoimentos da Operação Lava Jato. Prossegue a tentativa afanosa da mídia monopolista e de parlamentares oposicionistas para encontrar, custe o que custar, uma ligação das doações de recursos financeiros para a campanha de Dilma Rousseff com as traficâncias descobertas pela Polícia Federal. As manipulações grosseiras feitas em torno do tema fazem parte da tentativa de imputar crime eleitoral à presidenta da República e ao Partido dos Trabalhadores.
O candidato derrotado Aécio Neves foi o primeiro a tirar conclusões apressadas e politizar a questão de acordo com o roteiro golpista que ele próprio traçou: “Governo ilegítimo”, bradou na tribuna do Congresso.
Os episódios da semana – na batalha legislativa e na Operação Lava Jato – são reveladores da intensidade da luta política no período pós-eleitoral, sinalizando o nível de enfrentamento que o país viverá durante o segundo mandato presidencial, a se iniciar em 1º de janeiro e na legislatura que se inaugura no mês seguinte. É um momento exigente para as forças progressistas e o movimento popular.
Clareza de propósitos, unidade e mobilização serão mais necessários do que nunca para derrotar os planos da direita e fazer o Brasil avançar aprofundando a democracia e as conquistas acumuladas em 12 anos de governos progressistas.
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