Os vexatórios milhões da Globo e da PM paulista sobre a manifestação da direita
Vexatória a confusão numérica de ontem sobre a manifestação da direita e da centro direita na capital paulista. “Um milhão de manifestantes na avenida Paulista” bradavam os meios de comunicação eletrônicos da mídia TV com os dados inflados pela Polícia Militar do governo tucano de São Paulo. A mesma PM que na 6ª feira pp. puxou para baixo os números da nossa manifestação, da esquerda, pela manutenção das conquistas sociais e trabalhistas, em defesa da Petrobras, da democracia, da reforma política e do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff.
A mesma mídia que promoveu um acintoso, vergonhoso e desrespeitoso boicote à manifestação em defesa dos direitos dos trabalhadores, da democracia, da Petrobras e da reforma política quando ela era preparada nos dias anteriores à sua realização. Os números divulgados pelo Instituto Datafolha, 210 mil manifestantes em São Paulo ontem, são várias vezes menos do que os da PM! E a Rede Globo juntou PM e organizadores para proclamar que a manifestação teve 2,7 milhões de participantes, logo depois elevando para 2,9 milhões – só citou os 210 mil quase ao fim do telejornal!
Não vamos entrar nessa guerra de números, até porque como têm dito a presidenta Dilma Rousseff e sempre e repete desde ontem o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso, toda e qualquer manifestação é livre, legítima e será respeitada pelo governo. Mas, os números do Datafolha mostram o absurdo dos cálculos da PM que já vinham sendo questionados ao longo da tarde ontem nas redes sociais, inclusive, com cálculos óbvios do espaço onde eles estavam, a Av. Paulista. Mostrar a realidade ficou, portanto, a cargo das redes sociais, da blogosfera e, sobretudo, dos repórteres independentes que estiveram nas manifestações com suas câmeras e em busca da informação.
No ato de ontem, eles trouxeram o que a imprensa procurou esconder. Como, por exemplo, os cartazes pedindo a volta da ditadura, as palavras de ódio, a discriminação de gênero e os preconceitos de classe latentes e proferidos durante a marcha desse domingo, além da reação violenta deles contra as manifestações dos movimentos sociais. Basta procurar nas redes e na blogosfera para analisar o que ocorreu ontem.
As nossas bandeiras
E como este blog e seu titular, o ex-ministro José Dirceu, defendem as bandeiras da manifestação de 6ª feira – e respeitam os protestos de ontem -, fazemos questão de publicar algumas imagens do ato no dia 13 de Março. Imagens que, registramos, vocês não verão na grande imprensa.
Uma manifestação, vale destacar, que foi crítica ao governo e exigiu mudanças, colocando-se firmemente contra os ajustes econômicos que representem perdas de direitos sociais e trabalhistas, e a favor da garantia das conquistas dos trabalhadores e à taxação das grandes fortunas.
Uma manifestação que defendeu a reforma política e o combate à corrupção, empunhando a bandeira de uma Constituinte Exclusiva e o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais.
Uma manifestação em defesa da Petrobras e contra a campanha de destruição deste grande patrimônio brasileiro que é a a nossa estatal, maior empresa do país.
Bandeiras que, evidentemente, levam a sociedade brasileira ao debate e à discussão. Uma pauta que, lamentavelmente, nossa mídia tupiniquim se recusa a dar o devido espaço e a discutir.
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