POLÍTICA - Aragão diz que Moro é criminoso.
Ex-ministro da Justiça diz que Moro é criminoso
Um dos autores da carta em que intelectuais brasileiros
protestaram contra o convite da Universidade de Heildeberg, na Alemanha,
a Sérgio Moro, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão acusa o juiz
responsável pelos processos da operação Lava Jato de ser "um criminoso";
em mensagem enviada ao professor alemão Markus Pohlmann, Aragão diz
ainda que "Moro é um criminoso, também sob a perspectiva alemã. Ele se
tornou punível quando violou sigilo funcional, para não falar em
prevaricação"; em e-mail à universidade, Aragão criticou o convite a
Moro; "Não consigo imaginar que o senhor convidasse como conferencista
um gatuno, para que expusesse a seu honrado público, friamente, sob a
perspectiva científica, seu procedimento de gatunagem"; o ex-ministro
disse ainda que Moro está "a serviço do PSDB e da Rede Globo"
247 - Um dos autores da carta em que intelectuais
brasileiros protestaram contra o convite da Universidade de Heildeberg,
na Alemanha, a Sérgio Moro, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão
acusa o juiz federal responsável pelos processos da operação Lava Jato
(na primeira instância) de ser "um criminoso".
Em mensagem enviada ao professor alemão Markus Pohlmann, Aragão diz
ainda que "Moro é um criminoso, também sob a perspectiva alemã. Ele se
tornou punível quando violou sigilo funcional, para não falar em
prevaricação".
O e-mail do ex-ministro foi enviado junto com uma carta, assinada por
28 professores de Direito, História e Ciência Política, que questiona o
fato de a Universidade de Heidelberg convidar Moro para falar sobre
combate à corrupção. O evento ocorreu na sexta-feira (9), e Moro foi
recebido com protesto.
Além de citarem que Moro determinou a "ilegal condução coercitiva do
ex-presidente Lula" para depor e que ele "vazou criminosamente"
gravações de conversas entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff,
os professores citam também a suposta posição política de Sérgio Moro em
sua atuação.
"Articulado com poderosos barões da mídia brasileira, Sergio Moro, o
Poder Judiciário e o Ministério Público Federal conseguiram derrotar a
democracia brasileira; conseguiram instalar no Brasil o clima político
de fascismo e intolerância política". Ainda segundo a carta, a condução
da Lava Jato foi decisiva para a queda da presidente Dilma, "em um golpe
iniciado em maio de 2016".
O professor Pohlmann respondeu, no dia 7 de dezembro, agradecendo
pelos comentários, mas afirmou que a conferência da qual Moro
participaria tinha o propósito científico de discutir a corrupção e o
combate à corrupção, sem quaisquer interesses políticos.
Foi então que Aragão, em resposta, comparou Moro a um gatuno. "Não
consigo imaginar que o senhor convidasse como conferencista um gatuno,
para que expusesse a seu honrado público, friamente, sob a perspectiva
científica, seu procedimento de gatunagem." E rogou que a Alemanha não
premiasse e honrasse um dos causadores do caos que abala o país, em vez
de repudiá-lo.
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