Jornais do mundo repercutem o #2Out Fora Bolsonaro: “O ex-capitão do Exército prefere rifles a feijão”

03/10/2021  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
Jornais do mundo repercutem o #2Out Fora Bolsonaro: “O ex-capitão do Exército prefere rifles a feijão”

 Bolsonaro é observado por um militar enquanto aponta um fuzil – O jornal MercoPress afirmou que o presidente do Brasil prefere armas à feijão. | As mídias internacionais exploraram o tema da fome no Brasil como um dos motivos centrais das manifestações deste sábado (3)


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

Jornais do mundo destacam a fome dos brasileiros sob o olhar negligente do presidente do Brasil, que defende as armas de fogo nas mãos de civis como forma de impedir o aumento da violência urbana

Alguns jornais do mundo repercutiram os protestos do #2Out Fora Bolsonaro, ocorridos neste sábado (2) em todas as capitais brasileiras, enfatizando a fome no país sob a indiferença do chefe do Executivo de nosso país. Os redatores do MercoPress, por exemplo, escreveram que o “presidente quer civis armados para conter a disseminação da violência” e postou uma foto em que o chefe do Executivo de nosso país utiliza um fuzil, e descreveu a imagem: “O ex-capitão do Exército prefere rifles a feijão“.

“No sábado, dezenas de brasileiros foram às ruas de muitas cidades em todo o país exigindo o impeachment de Jair Bolsonaro”, diz o texto lembrando que em outra ocasião, o presidente “insistiu que armas de fogo nas mãos de civis impediriam o aumento da violência urbana”.

A matéria argumenta ainda que “apesar deste cenário, Bolsonaro liderou manifestações massivas há um mês em Brasília e São Paulo e na sexta-feira afirmou que ‘o Lula acaba de dizer que vai nos desarmar e até a esquerda fala que as pessoas não comem armas, comem feijão, então quando alguém vai atirar na casa deles disparam tiros de feijão’”.

Manifestantes se reúnem ao lado de uma grande boneca inflável que representa o presidente brasileiro Jair Bolsonaro como o Ceifador, durante um protesto contra ele, pedindo seu impeachment por seu governo lidar com a pandemia e acusações de corrupção na compra de vacinas COVID-19 em São Paulo, Brasil, sábado, 2 de outubro de 2021. (AP Photo / Andre Penner)

Associated Press publicou que “Bolsonaro, que não está vacinado e não costuma usar máscara, subestimou a gravidade do vírus e promoveu multidões durante a pandemia. Cerca de 597.000 morreram de COVID-19 no Brasil, um país com 212 milhões de habitantes. Os manifestantes também protestaram contra o aumento da inflação em produtos básicos como alimentos e eletricidade“.

É muito doloroso ver que a saúde e a educação estão sendo destruídas, e há muitas pessoas famintas no país”, disse Marilena Magnano, uma aposentada de 75 anos, à mídia. “Precisamos do Bolsonaro fora do governo, seu tempo já passou”.

Um boneco representando Bolsonaro é incendiado na Avenida Paulista, em São Paulo. A imagem da agência AFP foi postada no Le Journal de Montréal

Le Journal De Montréal destacou que “as pessoas estão com fome“. O texto aponta que “protestos anteriores liderados por movimentos de esquerda objetivavam exigir a demissão de Bolsonaro por seu tratamento caótico da pandemia, que deixou quase 600.000 mortos. No sábado também foram ouvidas reclamações contra a alta dos preços de alimentos, gás e combustível, além dos 14,1 milhões de desempregados”.

Um manifestante, usando uma máscara e fantasia da série Netflix ‘La Casa de Papel‘, segura uma bandeira brasileira com cruzes em lugar das estrelas e com uma mensagem que diz em português “Saia do Bolsonaro” durante um protesto no Rio de Janeiro, Brasil, no sábado. Foto: AP, publicada no China South Morning Post

China South Morning Post repetiu o Associated Press: “Nos últimos meses, protestos liderados por movimentos de esquerda exigiram o impeachment de Bolsonaro devido à sua má gestão da pandemia. Mas as manifestações de sábado também foram contra o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, bem como para ajudar os 14,1 milhões de desempregados em todo o país”.

“A população está passando fome e não aguentamos mais esse governo”, disse no Rio Isadora Lessa, 22 anos.