FORÇA AÉREA investiga ‘MILITARES PETISTAS’

05/10/2021  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
FORÇA AÉREA investiga ‘MILITARES PETISTAS’

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva posa com a bandeira do Partido dos Trabalhadores para registro da lente de seu fotógrafo pessoal Ricardo Stuckert / Formandos da Força Aérea Brasileira desfilando no ano de 2017 | Sobreposição de imagens


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

Os casos mais recentes são os de três que foram alvos de Procedimento de Apuração e Transgressão Disciplinar. Há registros de filiações políticas a outros partidos, mas os nomes que optam preferencialmente pela legenda de Lula se tornaram alvos da instituição

FAB (Força Aérea Brasileira) investiga militares que estão se filiando ao PT e a outros partidos políticos. De acordo com a coluna de Bela Megale, no Globo, os casos mais recentes são os de três deles, que foram alvos de Procedimento de Apuração e Transgressão Disciplinar, nas últimas semanas, por terem filiações ativas junto ao partido de Lula.

O artigo 142 da Constituição Federal proíbe a filiação de militares da ativa a partidos políticos, mas só vieram à tona procedimentos envolvendo filiações a uma única sigla: o PT. Além disso, algumas passaram a ser questionadas após mais de 15 anos ativas, antes dos militares ingressarem na Força.

Divórcio entre FFAA e PT

É notório que as Forças Armadas não digerem a ideia de ter Lula e o PT de volta ao cenário político brasileiro. De acordo com alguns cientistas, a semente do divórcio da instituição com o Partido dos Trabalhadores foi plantada em 2009, quando o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi ao encontro do então presidente Lula para entregar sua carta de demissão sinalizando que os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica também o fariam.

Na ocasião, a terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos que propunha a criação de uma comissão especial para revogar a Lei de Anistia de 1979 não agradou aos militares que tiveram que ser acalmados por Lula com a promessa de que o projeto seria diluído sem um trecho que foi considerado “revanchista”.

Jobim e os comandantes aceitaram ficar, mas estava plantada ali a semente do divórcio dos militares com o PT, e isso justifica o atual sentimento de ojeriza das Forças Armadas contra a legenda sob a qual Lula e Dilma Rousseff administraram o país durante as gestões de seus governos.

O período obscuro da ditadura, com toda a violência que temos notícia, mas que os militares insistem em afirmar que na verdade foi uma revolução contra o comunismo, sempre foi a principal barreira cuja transponibilidade é duvidosa.