quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

ANOS DE CHUMBO: Centro de Memória

 

Alesp discute instalar centro de memória em antiga sede do DOI-Codi

 
DOI-CODI
Manifestantes fazem ato pela memória, verdade e justiça em frente ao antigo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) na rua Tutoia, no Paraíso, na zona sul de Sao Paulo – Foto: Apu Gomes – 03.mai.2012/Folhapress

Nesta quinta-feira (02), a Alesp irá realizar uma audiência pública em prol da instalação de um centro de memória na antiga sede do DOI-Codi, na rua Tutóia, no bairro do Paraíso, na zona sul da capital paulista.

O conjunto de três prédios abrigou um dos principais centros de tortura do regime militar. Uma delegacia funciona atualmente no local, que é reivindicado por entidades de direitos humanos e vítimas da ditadura.

A audiência busca pressionar as autoridades estaduais a apresentarem uma proposta para o local. O ato é organizado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, deputado Emidio de Souza (PT), e por entidades como o Núcleo de Preservação da Memória Política.

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Centro de Memória já era requisitado

O  desejo da instalação de um centro de memória existe desde 2014, quando os prédios que compõem o lugar foram tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico.

Estima-se que cerca de 5 mil pessoas estiveram presas no DOI-Codi, submetidas a diversas práticas de tortura. Destas, por volta de 50 foram assassinadas.

Em 2018, o 5° Ato Unificado Ditadura Nunca Mais, organizado pelo Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça (CPMVJ) e o Núcleo de Preservação da Memória Política (NM), teve como objetivo recordar a memória dos homens e mulheres que passaram pelo DOI-Codi de São Paulo e reivindicar que o local fosse transformado num espaço de memória. Porém, até agora, nenhuma atitude foi tomada.

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