Genial/Quaest: “Moro imbatível só no colunismo do nariz marrom”, diz Reinaldo Azevedo
08/12/2021O ex-presidente LULA, o ex-juiz Sergio Moro e o jornalista Reinaldo Azevedo | Sobreposição de imagens
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
Pesquisa mostra que LULA pode vencer no primeiro turno e Moro tem desempenho aquém do esperado, o que fez o jornalista questionar: “Será que o pré-candidato do Podemos decola e tira Bolsonaro do segundo turno?
O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, além de pré-candidato à Presidência da República em 2022, o declarado, pelo STF, “suspeito“, “imparcial” e “incopentente“, Sergio Moro, é, segundo o colunista do UOL, Reinaldo Azevedo, “imbatível só no colunismo do nariz marrom” e, ainda de acordo com o jornalista, gera dúvidas se, de fato, “decola e tira Bolsonaro do segundo turno“.
Azevedo diz que “há uma coisinha aqui e outra ali a dar esperança a seus fiéis, mas, por enquanto, isso é mais desejo do que realidade“. E explica que, “se as eleições fossem hoje“, seria bem mais fácil e “provável que o petista Luiz Inácio Lula da Silva vencesse no primeiro turno“.
A pesquisa do Genial/Quaest, cujas entrevistas foram feitas entre os dias 2 e 5 de dezembro, e foi divulgada na manhã desta quinta-feira (8/12), serviram de base para a argumentação de Reinaldo Azevedo.
No 1º cenário, Lula tem 47%, Bolsonaro 24%, Sergio Moro: 11%, Ciro Gomes: 7%, Brancos / nulos / não votam 7% e Indecisos 4%. O jornalista observa que todos os adversários do petista somam 42%, enquanto o ex-presidente detém 47%. Donde se conclui que a tendência seria LULA ser eleito já no primeiro turno, cuja possibilidade existe em todos os cenários, com a mesma disposição tendo sido testada há dois meses, desta forma: Lula: 44%, Bolsonaro: 24%, Sergio Moro: 10%, Ciro Gomes: 9%, Brancos /Nulos / não votaria: 9%, Indecisos: 3%.
Azevedo argumenta que LULA “cresceu de outubro para dezembro. Sergio Moro oscilou apenas um ponto percentual para cima, e Ciro Gomes variou dois para baixo. Ninguém transita na imprensa com tanta desenvoltura como o ex-juiz ou é tão incensado. Até agora, sobre ele, apenas notícias positivas. Sem contar os especialistas em panegíricos. Os números seguem, no entanto, no padrão de há dois meses“.
No 2º cenário, LULA tem 46%, Bolsonaro: 23%, Sergio Moro: 10%, Ciro Gomes: 5%, João Doria: 2%, Rodrigo Pacheco: 1%, Luiz Felipe D’Ávila: 1%, Brancos /Nulos / Não votaria: 7% e Indecisos: 5%. Neste caso, Azevedo lembra que, em novembro, um cenário idêntico foi apresentado ao eleitor, com o resultado: LULA: 48%, Bolsonaro: 21%, Sergio Moro: 8%, Ciro Gomes: 6%, João Doria: 2%, Rodrigo Pacheco: 1%, Luiz Felipe D’Ávila: 0%, Brancos/Nulos/ Não votaria: 10% e Indecisos: 4%.
Para o caso acima, Azevedo diz que nem “a adesão maciça de setores da imprensa a Moro e um ciclo de notícias positivas como jamais se viu não alteraram substancialmente os números“. E acrescenta que “talvez se possa falar de um discreto movimento do eleitorado de Ciro para Moro. Mas é cedo para dizer. Não é possível fazer a comparação com outubro“.
“Um 3º cenário“, escreve Azevedo, “foi simulado, mas é de tal sorte irrealista que não merece considerações. Nesse caso, nem Moro nem Doria disputariam, e os nomes alternativos a LULAL (48%) e Bolsonaro (27%) seriam Ciro (8%) e Pacheco (2%). O colunista diz ainda, sobre este terceiro, que “a especulação não serve nem mesmo para informar algum dado subterrâneo da opinião pública“.
O 4º cenário é apresentado com Doria sendo o candidato da terceira via conservadora, mas não Moro: LULA: 47%, Bolsonaro: 27%, Ciro: 7%, Doria: 5%, Branco / Nulo / Não votaria: 9%, Indecisos: 5%. Neste caso, Azevedo diz que “em outubro, com esta mesma composição”, LULA tinha 45%, Bolsonaro: 26%, Ciro: 10%, Doria: 6%, Branco / Nulo / Não votaria: 10% e Indecisos: 3%.
Por fim, Reinaldo Azevedo conclui que “Moro avançou um tantinho como um nome da terceira via conservadora, mas o movimento ainda é discretíssimo” sendo “incompatível com o barulho do noticiário e do colunismo do nariz marrom“.
“Se a eleição fosse hoje, LULA venceria todas as simulações de segundo turno“, diz o colunista.
“Falta muito para que [Moro] consiga tomar do presidente a segunda vaga no segundo turno — se houver segundo turno“, pois “quem disputa eleições tem sempre de estar atento aos movimentos das placas tectônicas de opinião“, escreve.
“Uma coisa é certa: por ora, só LULA pode dormir um sono relativamente tranquilo“,
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