O Homem-Bomba da Operação Lava Jato tá bombando!
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A língua dos barões da mídia e a não-CPI da Petrobras
JUSTIÇA MIRA GESTÃO DA PETROBRAS NA ERA FHC
24 DE ABRIL DE 2013
"Não
posso lavar as mãos", disse a ministra Eliana Calmon, relatora no
Superior Tribunal de Justiça (STJ) do caso sobre o acordo firmado entre a
Petrobras e a Repsol-YPF há 13 anos; a estatal brasileira teria cedido
US$ 3 bilhões em ativos e recebido apenas US$ 750 milhões; "Aquilo que
se fala e vê da Petrobras não pode ser desprezado pelo magistrado. Não
foram poucos os negócios desastrosos feitos pela Petrobras", emendou
Eliana; tentativa dos tucanos de transformar Petrobras em questão
eleitoral para 2014 fica prejudicada
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O PSDB vem tentando emplacar críticas à gestão da Petrobras como tema
eleitoral, já se antecipando para 2014. Além de maus resultados
apresentados pela estatal, a bola da vez é a compra de uma refinaria nos
Estados Unidos pela Petrobras, na gestão de José Sergio Gabrielli, por
um preço 28 vezes maior do que o valor inicial. Após muito barulho, a
estatal até desistiu de vender a
refinaria, como parte de seu plano de desinvestimento. O problema para
os tucanos é que o governo do ex-presidente Fernando Henrique ainda tem
pendências judiciais em relação à Petrobras.
Treze
anos depois de a estatal brasileira e a espanhola Repsol-YPF firmarem
acordo de troca de ativos no valor de US$ 1 bilhão, o negócio ainda é
discutido na Justiça. A 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
começou a analisar nesta terça-feira se os valores dos investimentos
permutados vão precisar passar por perícia judicial. A relatora do caso,
ministra Eliana Calmon, votou a favor da perícia, mas o julgamento foi
suspenso por pedido de vista do ministro Castro Meira.
Ao
comentar o caso, Eliana disse que não pode "lavar as mãos". "Aquilo que
se fala e vê da Petrobras não pode ser desprezado pelo magistrado. Não
foram poucos os negócios desastrosos feitos pela Petrobras", comentou.
Com o pedido de vista, não há data para o julgamento ser retomado. A
questão é discutida a partir de ação popular proposta por cinco
petroleiros que trabalham na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).
O caso
Localizada
em Canoas (RS), a refinaria em questão foi um dos ativos negociados na
permuta Repsol e Petrobras. De acordo com os autores da ação, os ativos
da estatal brasileira teriam sido subvalorizados no negócio, enquanto os
da Repsol foram supervalorizados, o que representaria lesão ao
patrimônio nacional. "Estimamos que a Petrobras recebeu US$ 750 milhões e
cedeu US$ 3 bilhões em ativos", diz o advogado Claudio Leite Pimentel.
Para Eliana Calmon, a
perícia é necessária porque as avaliações dos ativos se basearam em
valores indicados pelas próprias empresas, sem auditoria independente.
Os advogados da Petrobras e da Repsol defendem que não é necessária a
realização de perícia, já que o negócio foi aprovado pela Agência
Nacional do Petróleo (ANP), pelo Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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PressAA
Segunda-feira (24), fizemos essa série de perguntas:
Por
que, tão logo Paulo Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, da
Polícia Federal, toda a imprensa empresarial noticiou o caso
relacionando-o, imediatamente, à compra da refinaria de Pasadena, no
Texas, em 2006?
De
forma sub-reptícia, logo em seguida passaram a dar maior importância ao
caso Pasadena, sem focar com algum interesse o propósito da Operação
Lava Jato. A impressão que agora tentam passar é a de que Paulo Costa
fora preso em função (exclusiva) de suspeita no caso Pasadena.
As coberturas também relacionaram-no, desde o princípio, a Nestor Cerveró, ainda num cargo de diretor da Petrobras.
Se
não podemos afirmar categoricamente, mas suspeitamos que a mídia
empresarial já estava preparada para cobrir o caso dessa forma. Tudo
indica que os "rebeldes" da base "aliada" já tinham informações sobre
quem seria preso na Operação Lava Jato, daí terem criado todo o clima, a
fim de tumultuar a verdade dos fatos, transferir responsabilidades e
não deixar que tal operação se desdobre em apurações outras, certamente
muito mais graves e importantes do que um prejuízo consequente de
operações comerciais e disputa judicial, tudo já bastante notificado
desde longa data. Tanto que Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró já são
intimados, desde muito tempo, a depor para esclarecer por que a estatal
brasileira adquiriu em 2006 uma refinaria em Pasadena (EUA) e quais são
os seus papéis nessa transação.
Por
que só agora a imprensa faz tanto barulho em torno do caso?
Requentando-o com maior alarde do que quando, em outras ocasiões,
falaram do caso, citando os dois, quando muito, em notas de rodapé.
Por
que, agora, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró são tratados,
gradativamente, como elementos relacionados e indicados direta e
exclusivamente por políticos do PT? Aos poucos, é como se não existisse
uma coalizão governamental, e, provavelmente assim será, na mídia, até
as eleições em outubro.
Finalmente, eles voltaram a falar da Operação Lava Jato
Porém...
Doleiro pagou ex-diretor da Petrobrás por contratos da Abreu e Lima, diz PF
Investigadores ligam transações descobertas na Operação Lava Jato à execução das obras de construção da refinaria de Pernambuco; Justiça transforma prisão temporária de Costa em prisão preventiva por suspeita de corrupção passiva
A Polícia Federal suspeita que o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, pagou R$ 7,9 milhões em propinas para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa entre 2011 e 2012. Os pagamentos, segundo a PF, estavam “relacionados a obras da refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobrás na qual o investigado (Costa) teve participação”.
Indiciado por corrupção passiva, Costa foi preso em regime temporário no dia 19 pelo prazo de 5 dias. Ontem, acolhendo pedido formal da PF, a Justiça Federal decretou sua prisão preventiva – a menos que consiga obter habeas corpus em algum tribunal, ele ficará preso até a instrução processual em juízo.
A Lava Jato foi deflagrada há 8 dias e desmontou sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de R$ 10 bilhões. Youssef é suspeito de agir em conluio com Costa para desvios de recursos do Ministério da Saúde e da Petrobrás. Youssef foi protagonista do escândalo Banestado, evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990. [PressAA: Essa é a parte que toca ao doleiro Alberto Youssef nos esquemas do Banestado, mas as operações de lavagem de dinheiro totalizam aproximadamente evasão de US$ 130 bilhões. E não foi assim, ó, simplesmente “nos anos 1990”; vamos especificar o período bem definido: “foi durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, de 1º de janeiro de 1995 a 1º de janeiro de 2003”, 8 anos, bem entendido.]
Os negócios na Petrobrás seriam intermediados por Fernando Soares, um lobista conhecido como “Fernando Baiano”.
Profundidade. O ex-diretor da Petrobrás recebeu valores e uma Land Rover de Youssef sob alegação de que havia prestado “serviços de consultorias”.
Mas rastreamento promovido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que mapeia movimentações atípicas na rede bancária, indica que a relação do ex-diretor da Petrobrás com Youssef “é bem mais profunda do que a alegada consultoria”.
“A prova documental revela pagamentos vultosos, sub-reptícios e sem causa lícita efetuados pelo doleiro Alberto Youssef a Paulo Roberto Costa”, diz a PF. Os pagamentos ocorreram, segundo planilhas apreendidas pela PF, entre 28 de julho de 2011 e 18 de julho de 2012.
Medo de ‘homem bomba’ vai barrar CPI, aposta Planalto
Petistas argumentam nos bastidores que ligações partidárias de Paulo Roberto Costa vão desestimular traição de aliados rebeldes
Na tentativa de convencer os insatisfeitos da base de apoio governista a não aprovar uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás, emissários da presidente Dilma Rousseff vão usar como argumento a sobrevivência política dos próprios aliados. O motivo é que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal preso pela Polícia Federal na semana passada durante a Operação Lava Jato, pode causar estragos se for convocado a depor no Congresso.
Suspeito de participação em esquema de lavagem de dinheiro num caso que, judicialmente, não tem relação com o centro da atual crise da Petrobrás – a compra de uma refinaria em Pasadena, nos EUA -, Costa foi indicado para a Diretoria de Abastecimento da estatal pelo PP, mas acabou “adotado” pelo PMDB e também pelo PT.
Em 2006, quando a compra da polêmica refinaria foi referendada pelo Conselho de Administração da Petrobrás, à época presidido por Dilma, então chefe da Casa Civil do governo Lula, Costa estava a pleno vapor no cargo. Ele foi um dos diretores mais atuantes na tentativa de consolidar o negócio.
Em conversas reservadas, deputados e senadores do PT afirmam que o maior problema, agora, não é a investigação do contrato de Pasadena, mas, sim, a possível descoberta das ramificações políticas das ações de Costa na Petrobrás.
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PressAA
Quer
dizer que quem está preocupado com uma CPI da Petrobras são os
petistas, que querem apenas livrar a cara dos aliados “rebeldes”, para
manter a base de apoio político no Congresso? É isso?
Em
momento algum, essa imprensa estúpida dos diabos fala que os
verdadeiros alvos de uma investigação dessas estariam articulando uma
manobra para que tal CPI não venha a ser criada. Carrega nas letras
dizendo praticamente que os únicos interessados em abafar o caso são os
petistas e o governo.
Sim, petistas podem ter dito que “ligações partidárias de Paulo Roberto Costa vão desestimular traição de aliados rebeldes”,
o que começa a ser comprovado com a aprovação do Marco Civil da
Internet, mas isso não quer dizer que o governo está interessado em
barrar uma CPI da Petrobras. Para começo de conversa, todos sabemos que
no governo de FHC do PSDB seria praticamente impossível a realização de
uma operação como a Lava Jato e centenas de outras ocorrida nesses
últimos 11 anos de governo petista.
O
que não interessa ao governo nem à população brasileira é uma CPI para
apurar, isoladamente, o caso Pasadena, pois este já está sendo
investigado há muito tempo, e o processo já corre na Justiça, com Paulo
Roberto Costa e Nestor Cerveró indiciados para depor, a fim de prestarem
esclarecimentos sobre suas participações na compra da refinaria no
Texas, EUA. Coisa impensável de ter ocorrido no governo FHC do PSDB.
O
que pode ser desencadeado a partir da Operação Lava Jato e de tantas
outras que se acumulam entre apurações e conclusões é uma CPMI para
desvendar toda a roubalheira e sucateamento da Petrobras, desde o
governo de Fernando Henrique Cardoso, vulgo FHC, ou O Coisa Ruim, ou
ainda O Príncipe da Privataria.
Quem
não quer CPI da Petrobras são políticos implicados e os próprios barões
da mídia, que até agora fracassaram no intento de golpear os governos
petistas. Quem acredita que a essa mídia golpista interessa uma CPI da
Petrobras pra valer? Como eles fariam para fazer a cobertura das sessões
em que o lixo da corrupção de seus pares jorraria pelos corredores do
Congresso? A essa imprensa e seus comparsas interessa tanto quanto o
julgamento do Mensalão Tucano, ou uma CPI do Trensalão, escândalo que,
pela primeira vez, a imprensa empresarial só focaliza com empenho o corruptor, enquanto os agentes corruptos do Estado de São Paulo parecem ser apenas uns funcionariozinhos sem muita importância.
Não
se vê um só desses colunistas que comem no cocho dos barões da mídia
exigindo a abertura de uma CPI da Petrobras, exigindo com veemência, com
alarido, como fizeram recentemente, quando o STF absolveu os réus
petistas da acusação de formação de quadrilha.
Ao
invés de ficarem com essa conversa mole de que o governo esta feliz por
ver os “rebeldes” da base “aliada” quietos, obedientes, deveriam estar
exigindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Deveriam
exigir o posicionamento de todos os parlamentares. E publicar os nomes
de quem é a favor ou contra, também daqueles que fugirem, se esconderem,
para não revelar suas posições.
O
que esperamos de uma imprensa responsável é isso, e não picuinhas tais
como: disse-que-disse, “consultamos fontes próximas do governo”,
“petistas argumentam nos bastidores”, “emissários da presidente Dilma
Rousseff vão usar como argumento a sobrevivência política dos próprios
aliados”.
Ora, vão pra Tonga da Mironga do Cabuletê com essa porcaria de jornalismo golpista!
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Fonte: Blog Assaz Atroz do Fernando Soares Campos
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