Petrobrás avança no pré-sal, mas governo já admite entrega-lo às multinacionais
Autor: Alex Prado
A
Petrobrás anunciou nesta terça-feira (16) o início das operações na
área de Lula Alto, através do navio-plataforma Cidade de Maricá, cuja
capacidade é de produzir, diariamente, até 150 mil barris de petróleo e 6
milhões de metros cúbicos de gás. Entretanto, no mesmo dia, a grande
mídia noticiava que a presidente Dilma deve aceitar mudanças nas regras
do pré-sal, acabando com a obrigatoriedade de a Petrobrás ser a
operadora única. A AEPET reafirma sua defesa dessa exigência,
fundamental para a soberania do país e do futuro da Petrobrás.
Em
maio de 2015, a AEPET publicou o documento “As 14 principais razões
porque a Petrobrás deve ser a operadora única do pré-sal” (clique aqui), demonstrando os erros e danos que o projeto de lei 131, do senador José Serra.
O
momento atual do mercado de petróleo, com o barril cotado em US$ 30,
reforça a posição da AEPET, pois fazer leilões de áreas do pré-sal agora
seria entregar uma grande riqueza e preço de banana. O pré-sal não pode
ser explorado numa perspectiva imediatista, principalmente quando a
Petrobrás encontra-se fragilizada, tentando se recuperar dos estragos
causados pela corrupção apontada pela Lava Jato.
Mesmo
assim, a Petrobrás tem conseguido manter e ampliar a exploração do
pré-sal, que já responde por mais de um terço da produção nacional do
petróleo. A consolidação da Bacia de Santos, que responde por 70% da
produção da camada pré-sal, vem se dando há pouco mais de cinco anos,
com uma média de lançamento de uma grande plataforma a cada nove meses. A
performance da produção tem se mostrado dentre as melhores em termos
mundiais, sendo que os quatro primeiros sistemas de produção, instalados
entre 2010 e 2014, permanecem produzindo praticamente a plena
capacidade (475 mil barris diários de petróleo, com apenas 19 poços
produtores) e os três mais recentes, que estão em fase de crescimento da
produção, também apresentam o mesmo alto desempenho com relação aos
poços já em operação (205 mil barris diários de petróleo com apenas sete
poços produtores).
Estes
dados reforçam a capacidade da Petrobrás e de seu corpo técnico.
Alterar as regras da Lei de Partilha é um crime de lesa-Pátria que, em
nome de uma suposta governabilidade, afeta o futuro da empresa e a
soberania nacional.
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