Bastaram poucos dias para ver o significado da troca de comando da Veja: nada.
André Petry, o novo diretor, já disputa com o antecessor Eurípides Alcântara o posto de pior editor da Veja em seus quase 50 anos.
Sua primeira capa foi repulsiva: o rosto de Lula transfigurado em jararacas como se fosse uma medusa.
Mas como nada que é ruim não pode piorar a segunda desceu ainda mais degraus na escala do jornalismo bandido que se tornou a marca da Veja: um mirabolante plano secreto segundo o qual Lula iria refugiar-se dos perseguidores na Itália.
Petry, pelo lado bom, pode se orgulhar de que sua capa virou assunto internacional. A embaixada italiana não apenas desmentiu energicamente a revista como ainda apontou um erro factual na identificação da foto.
Você pode rir ou chorar com a miséria jornalística de Petry. Recomendo rir. Imagino a cena de ele apresentando seu furo mundial ao patrão Giancarlo Civita. Posso ver o regozijo obtuso de ambos. “Pegamos o cara, pegamos o cara”.
Era preciso ser muito idiota para acreditar que alguma coisa mudaria na Veja com Petry.
Diogo Mainardi é um exemplo. Ele escreveu, quando anunciado Petry, que o PT tomara o controle da Veja. Este é o tipo de análise que Mainardi oferece a seus leitores. Rodrigo Constantino é outro: a nomeação de Petry, afirmou ele, comprovava seus “piores receios” sobre a guinada à esquerda da Veja.
O parceiro de crimes jornalísticos de Mainardi, Mario Sabino, é um terceiro caso. Ele chorou a saída de Eurípides.
Eu estava na Abril quando Sabino fez o seguinte na Veja, da qual ele era redator-chefe. Ele mandou um subordinado escrever uma enorme crítica que louvava como coisa de Machado de Assis um romance que ele próprio, Sabino, escrevera.
Já vi muitos crimes contra o leitor, mas aquele de Sabino jamais esqueci. Assim como numa sociedade avançada um juiz partidário como Gilmar é impensável, numa revista decente um chefe jamais manda publicar algo em seu benefício.
O tempo disse tudo: o romance machadiano de Sabino jaz no cemitério das letras, sem que ninguém o chore ou dele se lembre.
Ficará para sempre apenas a lembrança do texto adulatório infame.
Petry pertence à tribo de Mainardi e Sabino. São aqueles jornalistas que cresceram na sombra do antipetismo radical demandado pelos donos das empresas jornalísticas.
Como tantos outros, de Reinaldo Azevedo a Sardenberg, faziam carreiras medíocres antes que Lula assumisse. Quando os barões da mídia decidiram matar Lula, foram atrás de quem topasse fazer o jogo sujo e lhes deram palco e holofotes em brutal abundância.
Até o mentecapto Marco Antonio Villa se tornou um historiador respeitado, presente em revistas, jornais, rádios e tevês.
Quanto à Veja, ela só vai mudar quando morrer, o que se espera que aconteça o mais breve possível, sob Petry.
André Petry, o novo diretor, já disputa com o antecessor Eurípides Alcântara o posto de pior editor da Veja em seus quase 50 anos.
Sua primeira capa foi repulsiva: o rosto de Lula transfigurado em jararacas como se fosse uma medusa.
Mas como nada que é ruim não pode piorar a segunda desceu ainda mais degraus na escala do jornalismo bandido que se tornou a marca da Veja: um mirabolante plano secreto segundo o qual Lula iria refugiar-se dos perseguidores na Itália.
Petry, pelo lado bom, pode se orgulhar de que sua capa virou assunto internacional. A embaixada italiana não apenas desmentiu energicamente a revista como ainda apontou um erro factual na identificação da foto.
Você pode rir ou chorar com a miséria jornalística de Petry. Recomendo rir. Imagino a cena de ele apresentando seu furo mundial ao patrão Giancarlo Civita. Posso ver o regozijo obtuso de ambos. “Pegamos o cara, pegamos o cara”.
Era preciso ser muito idiota para acreditar que alguma coisa mudaria na Veja com Petry.
Diogo Mainardi é um exemplo. Ele escreveu, quando anunciado Petry, que o PT tomara o controle da Veja. Este é o tipo de análise que Mainardi oferece a seus leitores. Rodrigo Constantino é outro: a nomeação de Petry, afirmou ele, comprovava seus “piores receios” sobre a guinada à esquerda da Veja.
O parceiro de crimes jornalísticos de Mainardi, Mario Sabino, é um terceiro caso. Ele chorou a saída de Eurípides.
Eu estava na Abril quando Sabino fez o seguinte na Veja, da qual ele era redator-chefe. Ele mandou um subordinado escrever uma enorme crítica que louvava como coisa de Machado de Assis um romance que ele próprio, Sabino, escrevera.
Já vi muitos crimes contra o leitor, mas aquele de Sabino jamais esqueci. Assim como numa sociedade avançada um juiz partidário como Gilmar é impensável, numa revista decente um chefe jamais manda publicar algo em seu benefício.
O tempo disse tudo: o romance machadiano de Sabino jaz no cemitério das letras, sem que ninguém o chore ou dele se lembre.
Ficará para sempre apenas a lembrança do texto adulatório infame.
Petry pertence à tribo de Mainardi e Sabino. São aqueles jornalistas que cresceram na sombra do antipetismo radical demandado pelos donos das empresas jornalísticas.
Como tantos outros, de Reinaldo Azevedo a Sardenberg, faziam carreiras medíocres antes que Lula assumisse. Quando os barões da mídia decidiram matar Lula, foram atrás de quem topasse fazer o jogo sujo e lhes deram palco e holofotes em brutal abundância.
Até o mentecapto Marco Antonio Villa se tornou um historiador respeitado, presente em revistas, jornais, rádios e tevês.
Quanto à Veja, ela só vai mudar quando morrer, o que se espera que aconteça o mais breve possível, sob Petry.
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