sexta-feira, 18 de março de 2016

AMÉRICA LATINA - O papel dos militares.


FORÇAS ARMADAS

O papel dos militares na América Latina

As Forças Armadas perderam influência após os golpes do século XX e países da região não sabem o que fazer com seus militares

 
O papel dos militares na América Latina
Brasil é um dos países que tem colaborado mais com as missões de paz da ONU (Foto: Wikipédia)
Tanques nas ruas fizeram parte da política da América Latina durante boa parte do século XX, mas hoje é difícil imaginar as Forças Armadas retomando o poder. Em uma região livre de guerras, os governos latino-americanos ainda não resolveram como empregar seus militares.
As Forças Armadas perderam influência política rapidamente nas últimas décadas. Em apenas dois países – Venezuela e Cuba – militares continuam a desempenhar um papel político importante. O atual presidente de Cuba, Raul Castro, foi durante muitos anos o general mais poderoso do país, e as Forças Armadas ainda controlam pelo menos metade da economia cubana.
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Na Venezuela, Chávez transformou o exército em uma filial do seu movimento político. Sob seu sucessor, Nicolás Maduro, oficiais militares mantêm muitos cargos no governo, e as Forças Armadas construíram um império de negócios. Mas há sinais de que o exército está recuando para uma posição mais institucional.
A principal ameaça à segurança da região é o crime organizado. Vários governos enviam tropas para combater traficantes e outros criminosos comuns. Mal preparados para a tarefa, eles muitas vezes acabam matando inocentes. Os militares também estão respondendo a catástrofes naturais, que estão acontecendo com mais frequência devido às mudanças climáticas. Há, também, missões de paz da ONU, com as quais a região está colaborando mais.
Mas os exércitos estão inchados demais para esse papel limitado. O crescimento econômico acelerado da década de 2000 inflou orçamentos de defesa. Para reforçar sua imagem de potência mundial, o Brasil embarcou numa farra de gastos que incluiu a compra de submarinos e caças sofisticados. Agora, seu orçamento está pressionado.
Os latino-americanos querem policiais mais bem equipados e remunerados. Já é tempo de um ajuste das prioridades e das despesas na área da segurança.

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