Golpe para salvarem os próprios pescoços, por Bob Fernandes. Com vídeo.
Comentário, como sempre, extremamente lúcido de Bob Fernandes, ontem no Jornal da Gazeta. No final do post, para quem prefere, o vídeo:
“Nesta terça, 29, o PMDB deve desembarcar do governo Dilma para embarcar no impeachment. Temer busca montar com a oposição. Novo consórcio do Velho Poder.
Devem desembarcar também os que embarcam e desembarcam de qualquer governo… PR, PP, e similares. Só o PP tem 32 investigados na Lava Jato. No PMDB, de olhos no presente, passado e futuro, Renan, presidente do Senado, e Cunha, presidente da Câmara.
Renan e Cunha respondem por dezena de ações no Supremo. Contra um terço dos 65 da comissão de impeachment há acusações no Supremo.
No noticiário mundo afora é pintado quadro ainda pior.
A revista The Economist, que sugere a Dilma deixar o Poder, diz que “60%” dos 594 membros do Congresso enfrentam acusações.
O jornal The New York Times relata: 271 parlamentares teriam crimes a responder, incluindo homicídio.
Estamos já no 7º ou 8º motivo alegado para o impeachment. Mas lenha nessa fogueira são acusações de corrupção na Petrobras para sustentação do Sistema Político ora no governo.
Há dias soube-se da “Superplanilha da Odebrechet”. De fugaz, rapidíssima permanência nas manchetes, “Lista” com 24 partidos e 316 políticos que teriam recebido propina.
Citados membros do governo e da base -até agora- aliada. Na “Planilha da Propina”, caciques da oposição que hoje articulam queda e sucessão de Dilma.
O juiz Moro decretou “sigilo” sobre tal lista, e hoje encaminhou-a para o Supremo.
Há mais de um ano repetimos aqui: os computadores dos empreiteiros não são monotemáticos, obviamente. Não tratavam apenas do “Petrolão” e Petrobras.
Guardavam também as relações com atuais e ex- governadores, prefeitos, senadores, ministros etc.
Estranhíssimo, ou impossível, seria não existirem Listas suprapartidárias de propinas e corruptos.
O Poder no Brasil, presente e futuro, está nas mãos, palavras e documentos de empreiteiros como Leo Pinheiro, da OAS. E Marcelo, da Odebrechet.
Envolvidos em corrupção presente ou passada tentarão usar o desembarque do presente e embarque no futuro como moeda. Para, nos bastidores, buscar salvar o pescoço.”
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