sexta-feira, 29 de agosto de 2014

GEOPOLÍTICA - Interferência da Otan na Ucrânia.

Interferência da Otan pode acirrar a tensão no leste da Ucrânia



A Ucrânia pediu a ajuda da União Europeia e da Otan para tentar resolver a crise que se instalou no país, especialmente na região leste. O governo de Kiev acusa a Rússia de ter enviado uma força militar para o país. Os ucranianos afirmam que existem tanques de guerra russos circulando por cidades como Novoazovsk.



Rússia alertou União Europeia sobre possível movimentação de tropas da Otan nas fronteiras russas Rússia alertou União Europeia sobre possível movimentação de tropas da Otan nas fronteiras russas
A Otan também acusa o governo de Moscou de interferência na questão e diz que mais de mil soldados russos estão no leste ucraniano. No entanto, nenhuma prova foi apresentada. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou as acusações e garantiu que nenhum apoio logístico, econômico ou militar está sendo fornecido para os rebeldes que são contrários às atuais autoridades ucranianas.

A chanceler alemã, Ângela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (28) que a União Europeia vai discutir sobre a imposição de mais sanções contra a Rússia, durante a cúpula especial que será realizada neste sábado(30).

Em uma coletiva de imprensa, Merkel também abordou a suposta entrada do exército russo no território da Ucrânia. Ela disse esperar um posicionamento de Putin sobre a questão.

No entanto, embora a Alemanha, assim como, os outros membros da União Europeia, estejam nos últimos dias falando sobre uma resolução negociada para o conflito ucraniano, muito pouco eles tem contribuído por isto. Ao contrário, a União Europeia incentivou a tomada de poder pelas autoridades atuais, o que gerou grande revolta em parte da população e culminou nos distúrbios que perduram até hoje.

Além disso, a imposição das sanções à Rússia, não só acirram a tensão na região como prejudicam os próprios trabalhadores dos países membros da união Europeia. Mais grave, agora, é a possível movimentação de tropas da Otan, o que pode deixar a situação ainda mais grave.

O governo russo já alertou os governantes ucranianos, assim como os líderes da União Europeia, que, qualquer movimentação de tropas da Otan ou de algum país nas fronteiras russas será contraproducente para paz.

Putin também lembrou que ao invés disso, a Ucrânia deveria abrir diálogo com a população contrária ao governo, esta sim, a única medida capaz de resolver a questão de forma definitiva. “Kiev deve começar negociações fundamentais, não técnicas. O governo ucraniano fala uma linguagem de ultimatos, para a qual a população não está preparada a assimilar”.


Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações de agências

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