sábado, 30 de agosto de 2014

PETRÓLEO - Essa Marina não sabe nada.

Dilma faz críticas às propostas de Marina em reduzir investimentos no pré-sal

 
Jornal GGN - O Brasil precisará de 70 mil megawatts nos próximos vinte anos para atender a crescente demanda por energia. A proposta de governo de Dilma é manter os investimentos no pré-sal, na construção de novas hidrelétricas com uso mais restrito das fontes eólicas e solares, por compreender que essas últimas não têm musculatura para substituir a base da matriz tradicional. Já Marina Silva, propõe a redução dos investimentos no pré-sal com o aumento de recursos sobre as fontes alternativas. Nesta semana, durante uma visita ao Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), em Salvador, a candidata à reeleição disse achar as propostas de sua adversária "fundamentalista, retrógrada e obscurantista”. 
 
O Estado de S. Paulo
 
 
Por BIAGGIO TALENTO, DA AGÊNCIA A TARDE
 
SALVADOR – A presidente da República e candidata à reeleição Dilma Rousseff partiu para o ataque após Marina Silva (PSB) criticar a política energética do governo federal e propor o incentivo a fontes alternativas de energia. Nesta sexta-feira, em Salvador, na Bahia, Dilma disse, sem citar a adversária, que a intenção do programa de governo de Marina de colocar o pré-sal em segundo plano é “fundamentalista, retrógrada e obscurantista”.
 
— Quem acha que o pré-sal tem que ser reduzido, não tem uma verdadeira visão do Brasil. Isso é um retrocesso, uma visão obscurantista. O pré-sal, dependendo da política que você faça, transforma uma riqueza finita num passaporte para o futuro — disse, referindo-se ao fato de 75% dos royalties e 50% do fundo social pré-sal serem destinados à Educação — o que, em 35 anos, pode render recursos de R$ 1,3 trilhão.
 
A presidente ressaltou que, em 35 anos, o pré-sal pode render recursos de R$ 1,3 trilhão. Ela criticou a candidata do PSB logo após visitar o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec).
 
— Não sei se é um desconhecimento da realidade supor que haja, hoje, entre as várias fontes de energia alternativas, alguma para substituir o petróleo no campo da matriz de combustíveis que move os transportes. Nesse (campo) temos algumas alternativas como o etanol, mas ele dá conta da gasolina, já o diesel (do transporte carga) quem dá conta é o biodiesel. No Brasil, a fonte do biodiesel é a soja. Nem o etanol nem o biodiesel são alternativas de fato, concretas ao uso do petróleo. Não substitui, complementa — afirmou.
 
Os dois tipos de matriz defendida pela candidata do PSB, a energia eólica e a solar seriam apenas “alternativas” e também complementares na “matriz elétrica”. Dilma defendeu outro alvo de críticas de Marina, as hidroelétricas.
 
— No Brasil, quem não investir na hidroelétrica está alienando uma das fontes de competitividade do País, porque a alternativa à energia hidroelétrica não é a solar e a eólica, que são complementares — declarou, insistindo: — Não existe essa hipótese de um país que precisa de 70 mil megawatts nos próximos vinte anos fornecer essa energia dominantemente com energia solar e eólica. Isso é uma fantasia, uma irresponsabilidade com o país. Até porque o Brasil precisa de energia para crescer.
 
Para Dilma, só mesmo uma posição fundamentalista explicaria a não exploração da energia hidroelétrica no País.
 
A presidente chegou a desdenhar das ideias de Marina.
 
— Não olhar o petróleo como uma das riquezas importantes para o Brasil, não olhar o pré-sal como sendo um grande ganho que esse país teve e essa história de que 'eu vou acabar com o petróleo' primeiro que eu acho que não é real. Esse País não aguenta isso. E mais, além disso, acredito que isso é fruto de uma má compreensão ou de um grande retrocesso e obscurantismo.

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