Marina atropela Aécio e já ameaça Dilma
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio
do Kotscho:
Apenas 13 dias após a trágica morte de Eduardo Campos, o cenário da
campanha presidencial de 2014 virou de ponta cabeça. O furacão Marina Silva já
chegou a 29% na nova pesquisa Ibope divulgada agora há pouco, no final da tarde
desta terça-feira, 10 pontos à frente do tucano Aécio Neves, e já encostando em
Dilma Rousseff, que ficou com 34% das intenções de voto no primeiro
turno.
Num mais do que provável segundo turno, Marina derrotaria Dilma por 45% a 36%, uma diferença de nove pontos, bem fora da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos.
Como fogo morro acima e água morro abaixo é muito difícil de mudar de rumo, Marina Silva passa a ser, na minha avaliação, a nova favorita da eleição presidencial, por uma razão muito simples: além da larga diferença que abriu sobre a atual presidente neste primeiro levantamento do Ibope após a morte de Eduardo Campos, a ex-senadora poderá contar, no segundo turno, com a ampla maioria dos votos tucanos.
A se confirmarem os números do Ibope nas próximas pesquisas, teremos duas mulheres disputando, pela primeira vez, o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. A entrada de Marina na disputa agora deixou Aécio Neves, que vinha mantendo a segunda posição, bem à frente de Eduardo Campos, praticamente fora do turno decisivo.
Em relação à pesquisa anterior do Ibope, Aécio e Dilma caíram quatro pontos cada um, ao contrário dos números do Datafolha da semana passada, em que Marina apareceu com 21% (Eduardo tinha apenas 8%), enquanto seus principais adversários permaneciam com os mesmos índices de julho.
É importante lembrar que, no último Datafolha, quando seu nome aparecia ainda como provável candidata a presidente, em abril, antes de Marina entrar como vice na chapa de Eduardo Campos, ela já alcançava 27% das intenções de voto, apenas dois pontos a menos do que agora.
Duas semanas após a comoção provocada pela morte e os funerais de Eduardo Campos, Marina continua ocupando todos os espaços como protagonista do noticiário na mídia grande, com o gentil apoio do chamado mercado, apesar da arca de Noé que está se formando à sua volta, sob o comando da coordenadora do programa de governo e sua principal conselheira, a banqueira Neca Setúbal, uma das herdeiras do banco Itaú.
Claro que esta é apenas a fotografia do momento em que escrevo. Já ficou mais do que provado nesta campanha eleitoral que os ventos podem mudar a qualquer momento. Nosso país não está acostumado com furacões e tsunamis, mas a reviravolta provocada por Marina Silva mostra que o Sobrenatural de Almeida, grande personagem de Nelson Rodrigues, está mais vivo do que nunca, solto por aí. Só espero que não caia mais nenhum avião.
Num mais do que provável segundo turno, Marina derrotaria Dilma por 45% a 36%, uma diferença de nove pontos, bem fora da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos.
Como fogo morro acima e água morro abaixo é muito difícil de mudar de rumo, Marina Silva passa a ser, na minha avaliação, a nova favorita da eleição presidencial, por uma razão muito simples: além da larga diferença que abriu sobre a atual presidente neste primeiro levantamento do Ibope após a morte de Eduardo Campos, a ex-senadora poderá contar, no segundo turno, com a ampla maioria dos votos tucanos.
A se confirmarem os números do Ibope nas próximas pesquisas, teremos duas mulheres disputando, pela primeira vez, o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. A entrada de Marina na disputa agora deixou Aécio Neves, que vinha mantendo a segunda posição, bem à frente de Eduardo Campos, praticamente fora do turno decisivo.
Em relação à pesquisa anterior do Ibope, Aécio e Dilma caíram quatro pontos cada um, ao contrário dos números do Datafolha da semana passada, em que Marina apareceu com 21% (Eduardo tinha apenas 8%), enquanto seus principais adversários permaneciam com os mesmos índices de julho.
É importante lembrar que, no último Datafolha, quando seu nome aparecia ainda como provável candidata a presidente, em abril, antes de Marina entrar como vice na chapa de Eduardo Campos, ela já alcançava 27% das intenções de voto, apenas dois pontos a menos do que agora.
Duas semanas após a comoção provocada pela morte e os funerais de Eduardo Campos, Marina continua ocupando todos os espaços como protagonista do noticiário na mídia grande, com o gentil apoio do chamado mercado, apesar da arca de Noé que está se formando à sua volta, sob o comando da coordenadora do programa de governo e sua principal conselheira, a banqueira Neca Setúbal, uma das herdeiras do banco Itaú.
Claro que esta é apenas a fotografia do momento em que escrevo. Já ficou mais do que provado nesta campanha eleitoral que os ventos podem mudar a qualquer momento. Nosso país não está acostumado com furacões e tsunamis, mas a reviravolta provocada por Marina Silva mostra que o Sobrenatural de Almeida, grande personagem de Nelson Rodrigues, está mais vivo do que nunca, solto por aí. Só espero que não caia mais nenhum avião.
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