Crianças brasileiras passaram imunes à recessão econômica internacional
Crise financeira que despontou em 2008 puniu países ricos. Brasil virou referência
STEPHANIE TONDO
Rio - A infância nos países mais desenvolvidos do mundo foi a grande afetada pela crise financeira mundial, que despontou em 2008. Recente relatório divulgado pelo Unicef mostra que 2,6 milhões de crianças e adolescentes entraram no abaixo da linha de pobreza em 23 países. Entre eles, Grécia, Espanha, Itália, França, Grã-Bretanha e até mesmo Estados Unidos. O Brasil, por outro lado, vai na contramão deste cenário e vira referência internacional, com redução da mortalidade infantil, da desnutrição e aumento da escolaridade.
Na Grécia, por exemplo, um dos mais prejudicados, a pobreza infantil cresceu 17,5 pontos percentuais, passando de 23%, em 2008, para 40,5% em 2012. Na Espanha, o aumento foi de oito pontos percentuais no período, ultrapassando 36% de crianças abaixo da linha de pobreza.
Enquanto isso, o Brasil chega a uma taxa de extrema pobreza inferior a 3%, conforme o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O documento mostra que o ritmo de redução alcançado pelo país é cinco vezes superior ao proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre os fatores que contribuíram para a melhora na qualidade de vida das crianças brasileiras, mecanismos de desenvolvimento social ganham destaque. “A força de políticas de proteção social foi decisiva para a prevenção da pobreza. Todos os países precisam de medidas sociais fortes para proteger as crianças. E os países ricos deveriam dar o exemplo, fazendo do bem-estar infantil uma prioridade”, disse Jeffrey O’Malley, diretor de política global do Unicef.
Primeira geração sem fome
Coordenador do fundo para a Cidadania dos Adolescentes, Mário Volpi afirma que o país se tornou uma referência no exterior. “As crianças são a parte mais vulnerável. Sua renda e desenvolvimento dependem dos adultos, por isso é muito comum que sejam elas as mais afetadas quando há uma crise. E o Brasil criou mecanismos para evitar que isso acontecesse”, explica Volpi.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, por meio de programas como Bolsa Família, Plano Brasil Sem Miséria e Brasil Carinhoso, foi possível chegar à primeira geração de crianças sem fome no país. “O resultado também decorre do aumento na disponibilidade de alimentos no país, com investimentos crescentes na agricultura familiar. A própria FAO (sigla para Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) deu destaque a tais medidas de proteção social, que incluem também a merenda escolar, que alimenta 43 milhões de estudantes de escolas públicas todos os dias no país”, informou a pasta, por meio da assessoria de imprensa.
Crise financeira que despontou em 2008 puniu países ricos. Brasil virou referência
STEPHANIE TONDO
Rio - A infância nos países mais desenvolvidos do mundo foi a grande afetada pela crise financeira mundial, que despontou em 2008. Recente relatório divulgado pelo Unicef mostra que 2,6 milhões de crianças e adolescentes entraram no abaixo da linha de pobreza em 23 países. Entre eles, Grécia, Espanha, Itália, França, Grã-Bretanha e até mesmo Estados Unidos. O Brasil, por outro lado, vai na contramão deste cenário e vira referência internacional, com redução da mortalidade infantil, da desnutrição e aumento da escolaridade.
Na Grécia, por exemplo, um dos mais prejudicados, a pobreza infantil cresceu 17,5 pontos percentuais, passando de 23%, em 2008, para 40,5% em 2012. Na Espanha, o aumento foi de oito pontos percentuais no período, ultrapassando 36% de crianças abaixo da linha de pobreza.
Enquanto isso, o Brasil chega a uma taxa de extrema pobreza inferior a 3%, conforme o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O documento mostra que o ritmo de redução alcançado pelo país é cinco vezes superior ao proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre os fatores que contribuíram para a melhora na qualidade de vida das crianças brasileiras, mecanismos de desenvolvimento social ganham destaque. “A força de políticas de proteção social foi decisiva para a prevenção da pobreza. Todos os países precisam de medidas sociais fortes para proteger as crianças. E os países ricos deveriam dar o exemplo, fazendo do bem-estar infantil uma prioridade”, disse Jeffrey O’Malley, diretor de política global do Unicef.
Primeira geração sem fome
Coordenador do fundo para a Cidadania dos Adolescentes, Mário Volpi afirma que o país se tornou uma referência no exterior. “As crianças são a parte mais vulnerável. Sua renda e desenvolvimento dependem dos adultos, por isso é muito comum que sejam elas as mais afetadas quando há uma crise. E o Brasil criou mecanismos para evitar que isso acontecesse”, explica Volpi.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, por meio de programas como Bolsa Família, Plano Brasil Sem Miséria e Brasil Carinhoso, foi possível chegar à primeira geração de crianças sem fome no país. “O resultado também decorre do aumento na disponibilidade de alimentos no país, com investimentos crescentes na agricultura familiar. A própria FAO (sigla para Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) deu destaque a tais medidas de proteção social, que incluem também a merenda escolar, que alimenta 43 milhões de estudantes de escolas públicas todos os dias no país”, informou a pasta, por meio da assessoria de imprensa.
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