domingo, 23 de novembro de 2014

POLÍTICA - Está surgindo um novo Cachoeira?

Paulo Roberto Costa é o novo Cachoeira?

  Autor: Miguel do Rosário
tegenda
Carlos Cachoeira, o bicheiro, pautava a Veja, e, por consequência, toda a mídia brasileira, com informações obtidas ilegalmente, ou mesmo através de armações feitas com objetivo de derrubar seus adversários no mercado de corrupção.
Só que Cachoeira foi desmascarado, juntamente com o senador Demóstenes Torres, eleito pela Veja como um dos paladinos da ética.
Agora é a vez de Paulo Roberto Costa, o corrupto da Petrobrás, cujas delações premiadas, feitas sob sigilo de justiça, estão vazando seletivamente para mídia, como esta acusação contra o senador Humberto Costa.
Era o que todo mundo esperava.
O “petrolão” se tornou um golpe desdentado.
Ou nem tanto, visto que a mídia se mantém firme em seu objetivo, em obter vazamentos apenas ou quase apenas contra o PT.
Quando é contra o PSDB, pé de página.
Contra o PT, manchetão. E capa da Veja, naturalmente.
Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa são os depoentes preferenciais, sobretudo porque seus advogados estão mancomunados com a mídia.
São os advogados que estão vazando, ao que parece, trechos dos depoimentos.
O juiz Sergio Moro não dá um pio contra os vazamentos, apesar destes contribuírem para a desmoralização de todo o processo, visto que a delação premiada não vale nada sem provas.
A delação premiada, em mãos de Moro, transformou-se em jogo político.
Os bandidos e seus advogados se tornaram como que parlamentares da oposição, além de pauteiros da nossa imprensa.
Talvez outros executivos entrem no jogo. A presença da advogada Beatriz Catta Preta em quase todas as decisões de delação premiada mostra que as cartas estão marcadas.
Os delegados responsáveis já deixaram claro, em suas redes sociais, que o foco é derrubar o governo.
O golpe gorou, mas o sangramento vai continuar, até o fim dos tempos.
Ainda há sonhos, claro, de um impeachment.
No entanto, como isso é difícil, basta manter o governo sob as rédeas, nomeando ministros conservadores, como Katia Abreu para a Agricultura, ou aceitar passivamente a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara.

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