“Se sou negro, quero saber minha história”: a lição de um garoto de 10 anos sobre o racismo
por : Marcos Sacramento
Um menino de 10 anos deu a resposta perfeita para quem acredita que a
melhor forma de acabar com o racismo é deixar de falar nele, como
acredita o ator Morgan Freeman. Aluno da rede pública de São Paulo,
Gustavo Gomes da Silva foi entrevistado pela TVT para falar de um
projeto que promove leitura de obras africanas e afro-brasileiras nas
escolas do município.
“Se eu sou mesmo afrodescendente, eu quero saber as histórias da África, porque mesmo que não apareça a moral, como nas fábulas, elas têm uma moral escondida que você aprende”, disse o estudante do 5º ano do ensino fundamental, destacando, provavelmente sem saber, a importância do cumprimento da lei 11.645/2008, que inclui no currículo oficial da rede de ensino história e cultura afro-brasileira e indígena.
Ao ser perguntado se esse conhecimento ajuda a combater o preconceito, o garoto afirmou: “Tudo nesse mundo cria um debate, tem sempre alguém que vai ser racista, que vai ter uma opinião diferente, por isso que eu gosto de aprender alguma coisa, não para você debater com a pessoa, mas você mostrar pra ela como que é você ser negro”.
A resposta de Gustavo é a antítese da fala de Freeman em uma entrevista para o “60 minutes”. Ao ser questionado pelo apresentador Mike Wallace sobre como os americanos poderiam se livrar do racismo, Freeman foi enfático: “parando de falar sobre isso”.
Esta parte da entrevista viralizou e é louvada por boçais e internautas pouco esclarecidos convictos da existência de igualdade racial no Brasil. É uma crença com bases quebradiças, porém o conluio da ignorância com a canalhice dá a ela um batalhão fiel de seguidores.
Com a leveza e a simplicidade dos seus 10 anos, Gustavo fragiliza ainda mais os argumentos contrários às políticas de inclusão racial. De quebra, mostra que não é preciso ser estrela de Hollywood para dar uma de todo poderoso, pelo menos quando o assunto é racismo.
“Se eu sou mesmo afrodescendente, eu quero saber as histórias da África, porque mesmo que não apareça a moral, como nas fábulas, elas têm uma moral escondida que você aprende”, disse o estudante do 5º ano do ensino fundamental, destacando, provavelmente sem saber, a importância do cumprimento da lei 11.645/2008, que inclui no currículo oficial da rede de ensino história e cultura afro-brasileira e indígena.
Ao ser perguntado se esse conhecimento ajuda a combater o preconceito, o garoto afirmou: “Tudo nesse mundo cria um debate, tem sempre alguém que vai ser racista, que vai ter uma opinião diferente, por isso que eu gosto de aprender alguma coisa, não para você debater com a pessoa, mas você mostrar pra ela como que é você ser negro”.
A resposta de Gustavo é a antítese da fala de Freeman em uma entrevista para o “60 minutes”. Ao ser questionado pelo apresentador Mike Wallace sobre como os americanos poderiam se livrar do racismo, Freeman foi enfático: “parando de falar sobre isso”.
Esta parte da entrevista viralizou e é louvada por boçais e internautas pouco esclarecidos convictos da existência de igualdade racial no Brasil. É uma crença com bases quebradiças, porém o conluio da ignorância com a canalhice dá a ela um batalhão fiel de seguidores.
Com a leveza e a simplicidade dos seus 10 anos, Gustavo fragiliza ainda mais os argumentos contrários às políticas de inclusão racial. De quebra, mostra que não é preciso ser estrela de Hollywood para dar uma de todo poderoso, pelo menos quando o assunto é racismo.
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