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Max Cavalera, sobre o sequestro de Lula por Moro: "Arbitrariedade serviu para despertar o vigor de um líder nato e iniciar o processo de construção de uma lenda"
Após a guerra a construção de uma lenda.
Conta-se que o sábio estrategista japonês que planejou o ataque aéreo a
Pearl Harbor na Segunda Guerra Mundial ao ser parabenizado pelo sucesso
da ação, retrucou, tristemente, afirmando o seu temor de na verdade ter
despertado o gigante que traria a ruína de todo o seu país. Foi a partir
de Pearl Harbor que os EUA entraram de vez na guerra que culminou com
as bombas de Hiroshima e Nagasaki e a completa devastação do Japão.
O que aconteceu com o ex-presidente Lula reflete exatamente a mesma
situação. A violência pessoal e a arbitrariedade judicial com que foi
tratado serviu para despertar todo o vigor de um líder nato e toda a
fúria de uma militância que representa o maior patrimônio de seu
partido. O que o juiz Sérgio Moro e a grande mídia brasileira fizeram
hoje nada mais foi do que iniciar o processo de construção de uma
verdadeira lenda nacional ao custo das suas próprias ruínas.
Já não existe mais volta. Todas as vias democráticas e republicanas com
que Dilma e o seu governo ingenuamente tentaram dialogar com aqueles que
não buscam outra coisa a não ser a sua destruição, foram completamente
fechadas. Nesta sexta, (04/03), os setores sociais e progressistas desse
país chegaram a um nível de convulsão social que não admite mais a
apatia e a inércia com que todas as ilegalidades contra Lula e o PT
foram tratados.
Os inimigos da democracia brasileira e do Estado Democrático de Direito
já são claros: o sistema judicial brasileiro e a grande mídia familiar.
Sobre os intermináveis ataques a soberania deste país, Tomás Jefferson
nos ensina: "A árvore da liberdade deve de quando em quando ser regada
com o sangue dos patriotas e tiranos. É o seu adubo natural". Há dias de
paz e há dias de guerra. As redes sociais já não são mais suficientes. A
liberdade agora exige as ruas.
A luta é o lar dos revolucionários.
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