quinta-feira, 2 de junho de 2016

PETROBRAS - Me engana que eu gosto.

Me engana que eu gosto: os gringos querem comprar a Petrobrás, mesmo falida?



Apesar dos “prejuízos” reiterados e de toda a propaganda negativa, a Petrobras é a grande cobiça do capital internacional. Em tom de pilhéria, o Senador Roberto Requião alertou: “ Temos que avisar aos gringos, eles vão comprar uma empresa falida!”

A Petrobras está longe de ser uma empresa falida. O pré-sal, que elevou as reservas da Petrobrás para mais de cem bilhões de barris, garante o abastecimento do país, no mínimo, nos próximos 50 anos. Que empresa dá esse retorno à nação? A Petrobras responde, em média,  por 13% do PIB. Além disso, a Petrobras responde por 80% das obras do país. São milhões de empregos. Nos últimos anos o Brasil se tornou o segundo maior parque de obras do planeta, só perdendo para a China.

A sociedade assiste à disputa do petróleo no mundo, através de guerras e derrubadas de governos, como tentam fazer na Rússia, na Venezuela, no Brasil e já fizeram na Líbia e no Iraque. Os EUA são os grandes saqueadores do petróleo mundial e são capazes de tudo para somar hidrocarboneto a suas reservas para se manterem como nação hegemônica no mundo.

No Brasil, nem foi preciso o recurso extremo da guerra para usurpar nossas riquezas. Os ianques já contam com seus representantes no Congresso Nacional e no Judiciário, na mídia- em especial a Globo -  além do seu braço partidário, o PSDB.  Trata-se de uma verdadeira quadrilha, disposta a entregar nosso petróleo.

O Congresso continua capitaneado pelo presidente deposto, Eduardo Cunha, que atua nas sombras. A  Globo apoiou três golpes. O primeiro contra Getúlio Vargas; depois foi cumplice da Ditadura Militar; agora, exerceu seu protagonismo no golpe contra o governo Dilma. O pano de fundo, em todos esses momentos obscuros da história, é sempre o interesse dos ianques no petróleo, sobretudo depois da descoberta do pré-sal.  

 O  PSDB tentou privatizar a Petrobrás com apoio da Globo. Na época, uma campanha publicitária veiculada na emissora comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás. Capacho da Chevron, José  Serra  está prestes a derrubar a Lei de Partilha. A lei já caiu no Senado e a qualquer momento será votado no plenário da Câmara.

 No âmbito do judiciário, a operação Lava Jato, chefiada por  Sérgio Moro,  foi premiada pela Globo. Moro diz combater a corrupção na Petrobras, mas se nega a investigar os podres do período FHC, embora as denúncias tenham aparecido várias vezes em delação premiada. O próprio FHC reconheceu, em seu livro “Diários da Presidência”, que em seu governo havia corrupção na Petrobras.

 Além de blindar FHC, Moro também não investiga nenhum parlamentar tucano citado na Lava Jato. Ainda que tenham sido várias vezes citados Antonio Anastasia, Aluysio Nunes, Aécio Neves. Como acreditar na farsa do combate à corrupção de Moro?

 Como se não bastasse, Moro convocou os promotores americanos para fiscalizar a Petrobras, oficializando a espionagem. Pelos relevantes serviços prestados, o juiz da Lava Jato foi premiado pelo próprio governo americano e pelas revistas Fortune e Time.

 Se houvesse, de farto, interesse, seria fácil resolver a crise da Petrobras e retomar o  crescimento do país. Bastaria o tesouro nacional aportar recursos para que a Petrobrás volte ao patamar financeiro de outubro de 2014, quando começou a crise internacional. Inclusive retornando aos cofres da empresa o investimento feito pela Petrobras, que por cerca de seis anos, importou diesel e gasolina, repassando o produto a preço subsidiado para não alimentar a inflação e aliviar o bolso do contribuinte.

 Entretanto, ao invés de oxigenar a Petrobras, o governo interino de Michel Temer, sem nenhum voto, pretende retomar a “Privataria Tucana”. De forma absurda, anuncia que vai usar recursos do BNDES  para facilitar a doação de nossas empresas, como fizeram no passado com a Vale do Rio Doce, a maior mineradora de ferro do mundo vendida a preço de banana. Agora a lista de privatização inclui Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios...

 No Governo de FHC, os petroleiros, com apoio da sociedade, realizaram uma greve de 32 dias, barrando a privatização.  FHC não conseguiu doar a empresa, mas quebrou o monopólio. Mais uma vez os petroleiros estão sendo empurrados a uma greve nacional para barrar a entrega da Petrobras. Será que Temer vai conseguir vender o Brasil?

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