sexta-feira, 24 de junho de 2016

POLÍTICA - Moro nega acesso à prova de cartel em obras de tucano.

Moro nega acesso à prova de cartel em obras do tucano Alckmin


   
A referida obra foi feita na rodovia Pedro Eroles (SP-88), conhecida como Mogi-Dutra, que liga os municípios de Arujá e Mogi das Cruzes. O documento apreendido cita a “acomodação de mercado” para favorecer construtoras em licitação para obras da rodovia em 2002.

Ainda de acordo com o manuscrito, foi pago 5% do valor da obra para pessoa identificada como “santo” e também repassado valores para a sigla DER, que segundo os investigadores se trata de pessoas ligadas ao Departamento de Estradas de Rodagem.

O manuscrito detalha o “valor da obra” de R$ 68,7 milhões e a anotação “custos c/ santo= 3.436.500”. Segundo os investigadores, há também a rasura da palavra “apóstolo”, que foi substituída por “santo”.

Na avaliação de Moro, o compartilhamento da prova obtida pela Lava Jato atende ao interesse público. No entanto, o magistrado observa que as investigações locais do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) sobre o material apreendido na Odebrecht está em curso.

Apesar de afirmar que o empréstimo da prova à promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo poderia resultar na abertura de outra investigação, Moro justifica a negação do documento afirmando que poderia prejudicar o resultado final da sua investigação.

O ministro da Justiça de Temer, Alexandre de Moraes, ex-secretário de segurança de Alckmin, se encontrou com o juiz Sérgio Moro no último dia 21. Segundo ele, o encontro foi para tratar do remanejamento de policiais federais para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio.


Do Portal Vermelho, com informações do Valor Econômico

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