Palavras à nossa presidente, por Jus Ad Rem

 
 

Por Jus Ad Rem
Querida, na tua juventude te agrediram, te torturaram, te acusaram, te humilharam, te julgaram e condenaram. E tudo o que tu querias era a liberdade de nosso povo. Não era dinheiro, não era fama, não era nada além da justiça que julgaste que merecíamos. Merecíamos? Não sei.
Hoje tu és madura. Tens uma história linda e, ninguém contou. Ao invés disso te agridem, te insultam, te acusam, conspiram contra ti, negociam teu destino, tua honra, teu nome, como se pudessem fazer isso.
Aos parasitas e predadores da nação representas um grande perigo, devido ao cargo que ocupas. Aos ricos e acomodados especuladores, uma ameaça. Querem tua cabeça porque não compactuas com o ilícito.
Tua vida foi devassada, vasculhada e monitorada ontem e hoje. E, nada, absolutamente nada conseguiram para que pudessem fazer-te baixar a cabeça.
Aconteça o que acontecer, querida, tua honradez e altivez sólida e segura servirá de exemplo ao Brasil futuro! Assim como Tiradentes, que deu sua vida pela pátria. Lembra-te que quando perguntaram-lhe, antes de sua sentença, se estava arrependido, ele disse que se dez vidas tivesse, dez vidas daria pela pátria.  É assim que te vejo agora, querida. Novamente julgada por teus algozes, novamente colocada à prova, tendo teus nervos testados ao extremo. Não esmoreces, não te abalas, não te curvas, segues de cabeça erguida e com razão, com o orgulho que lhe é peculiar porque és merecedora.
Deixa dizerem que tu erraste aqui e ali. Esses hipócritas se julgam infalíveis. Querem um messias, um salvador. Não percebem que os políticos são o espelho da sociedade, melhor: são o suprassumo da sociedade, essa sociedade caótica, e infelizmente, sem política não se chega a lugar algum. Querem que o governo melhore suas vidas, mas não querem melhorar seus caráteres. Não têm sequer a sensatez defendê-la.
Tu és como uma pedra rara, e por isso chegaste onde chegou. Por isso querem tua cabeça. E por isso entrarás para a História.
Merecemos toda tua luta e sacrifício? Não sei.