ONU comenta queda do preço dos alimentos no mundo



Melhores perspectivas de colheita no Brasil impulsionam queda do preço do açúcar


Das Nações Unidas no Brasil


De acordo com FAO, preço global dos alimentos caiu quase 20% em relação ao ano passado, devido à grande quantidade de suprimentos e à alta do dólar.

Preço do açúcar segue caindo e já chega em seu nível mais baixo desde fevereiro de 2009. Foto: Agência Brasil.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) disse nesta quinta-feira (02) que o preço global dos alimentos continuou diminuindo em março, quando teve uma queda de 40 pontos em relação ao nível de 2014, com o preço do açúcar caindo ao seu nível mais baixo desde fevereiro de 2009. As informações fazem parte do Índice de Preços de Alimentos da FAO, publicado mensalmente.
Devido principalmente a melhores perspectivas de colheitas do açúcar nos países produtores, particularmente no Brasil – maior produtor do mundo –, o preço do produto caiu 9,2% desde fevereiro, para 187,9 pontos, no índice de preços da FAO em março. Foi a maior queda entre todos os alimentos. A constante desvalorização do real frente ao dólar também contribuiu para esse mudança.
Notando uma queda de 1,5% desde fevereiro e de 18,7% no preço dos alimentos em relação ao ano passado, a FAO concluiu que os baixíssimos preços de óleos vegetais, cereais e carne mais do que compensaram o aumento no valor dos laticínios – contribuindo para o índice mais baixo, que em março alcançou 173,8 pontos. A trajetória descendente, desde abril de 2014, dos preços da maioria dos alimentos foi impulsionada pela grande quantidade de suprimentos e pela alta do dólar.
Entretanto, de acordo com a nova previsão de produção mundial de cereais da FAO, uma colheita de milho maior do que a prevista na União Europeia levantou a estimativa de produção de cereal de 2014 para 2,5 bilhões de toneladas, que caso confirmada, vai ultrapassar o recorde de 2013 em 1%