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Produção do pré-sal já é muito superior à expectativa e ao programado pela Petrobras
Demorou a sair, mas publicaram hoje uma reportagem com um balanço da produção do pré-sal, já muito superior à expectativa e ao programado pela Petrobras. Está na Folha de S.Paulo. Não é a principal da economia do jornalão, não tem manchete de 1ª página, nem sequer da capa do caderno Mercado onde está publicada (esse destaque, reservam para o escândalo que fomentam diariamente contra a estatal) , mas vale a pena ler “Mais produtivo, pré-sal exige menos investimento da Petrobras”.
A reportagem mostra que a produtividade dos poços da camada marítima supera a previsão inicial, beneficia largamente a estatal neste momento em que ela precisa proceder a cortes de investimentos e que só a Bacia de Santos já produz 25 mil barris/dia, quando a previsão para esta época era de 15 mil barris/dia, divulgada à época da descoberta do pré-sal em 2010.
É assim, o governo e a Petrobras têm de travar uma batalha diária contra o boicote da mídia à estatal, às suas atividades diárias. A mídia em geral esconde os dados da empresa. Vejam bem o pré-sal já responde por 1/3 de nossa produção de petróleo e a produtividade média que
era esperada, como já dissemos, de 15 mil barris diários, já é de 25 mil na camada marítima.
era esperada, como já dissemos, de 15 mil barris diários, já é de 25 mil na camada marítima.
Governo e estatal, uma batalha diária contra o boicote da mídia
Outro dado que nem está na reportagem da Folha é que o tempo médio de perfuração tem caído. Um sucesso, portanto, o pré-sal, sua exploração e a atuação da Petrobras. No entanto, o que ganha mais destaque na mídia são as reportagens negativas e/ou escandalosas sobre a empresa.
Na própria página da Folha em que é publicada essa reportagem “Mais produtivo, pré-sal exige menos investimento da Petrobras” o que sai com maior espaço e quase ganha mais destaque é a critica de um representante dos acionistas minoritários da estatal, que deixou seu Conselho de Administração.
Outra informação escondida pela mídia – e que só recebe rápida menção da reportagem da Folha hoje – é que a queda do preço internacional do petróleo, apesar de reduzir a geração de caixa da empresa, ajuda-a também proporcionando uma redução do custo do investimentos no setor, já que os preços dos equipamentos e serviços seguem a cotação do óleo.
Continuam querendo mudar o modelo de partilha
Claro, de acordo com a posição do jornal, interesses dele e os interesses que defende, a reportagem da Folha não poderia deixar de voltar a bater na tecla da mudança do modelo de partilha para acabar com a participação obrigatória da Petrobras ao menos de 30% como operadora única do pre sal. Esconde, também – a Folha e a mídia, em geral – que em todo o mundo todas as petroleiras estão cortando investimentos, pagando mais pelas suas dívidas e não distribuindo lucros e dividendos dado o serviço da dívida que acumularam.
O fato é que a Petrobras está fazendo o dever de casa, aumentando a produção, inaugurando uma super refinaria – a General Abreu e Lima, em Pernambuco – reorganizando seus investimentos e sua dívida, vendendo ativos mas mantendo o pré-sal e o aumento da produção.
Imprescindível que vocês leiam, também, “Para entender o balanço da Petrobras”, do Luís Nassif na Coluna Econômica do seu blog. É praticamente uma reportagem e, ao mesmo tempo uma análise do 57º Fórum de Debates Brasilianas, que discutiu as perspectivas do pré-sal
e os problemas da Petrobras com as agências de rating.
e os problemas da Petrobras com as agências de rating.
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