Cunha, livre e solto, segue conspirando
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Acreditem.
Lambrecado, lambuzado, denunciado e provado, o sr. Eduardo Cunha apareceu ontem na TV Câmara para posar de “estadista do golpe”.
Sua “entrevista” foi ao ar à noite e será nauseantemente repetida todos os dias desta semana.
Disse, no programa, que “até março” o impeachment, que nem mesmo a primeira comissão de análise tem formada, depois da decisão do STF que anulou sua manobra, estará terminado.
E, claro, Dilma Rousseff, deposta.
Cunha já antecipa o resultado da votação: “O governo não tem mais do que 200 votos (de 513)”.
Bem, como só precisa de 171 votos, talvez Cunha esteja dizendo que terá “acabado” por falta de número para continuar.
Mas não.
Ele prevê degradação e caos para o seu “feliz ano novo”.
Tudo será muito rápido, diz ele.
Tudo é muito rápido para os canalhas ousados e muito lento para os “republicanistas suicidas”.
O Supremo nem sequer analisou a denúncia apresentada há quatro meses (sim, há quatro meses, no dia 20 de agosto!) contra Cunha por corrupção, mas, segundo ele, neste mesmo tempo se pode depor alguém eleito por alegadas irregularidades contábeis. Vejam, contábeis, por que não há acusação de ter-se apropriado de nenhum centavo, quanto mais ter enviado para a Suíça, como fez ele.
E cinco meses terá em março o processo ético contra ele – isso se vier a prosperar – por ter mentido sobre suas contas na Suíça.
Nem sequer o pedido urgente de afastar o homem que, na presidência da Câmara, é chamado de “delinquente” e líder de um “grupo criminoso” de deputados mereceu apreciação judicial.
A toque de caixa, só o golpe. E não mais rápido ainda só porque lhe faltam ainda os votos necessários, que o “grupo de criminosos” ainda não conseguiu arrebanhar, mas espera conseguir, lançando o país na ingovernabilidade.
Não basta que os canalhas sejam ousados, é precisos que os bons não sejam suficientemente bons para terem coragem.
A democracia e a liberdade não são insetos que mereçam que os nossos doutos juízes se dediquem lentamente a examinar em suas minúcias e que, quando o virem exterminado, possam dizer: ah, mas temos aqui um exemplar conservado e estudos completos sobre sua morfologia.
São valores, princípios, e a Justiça não porta apenas uma balança, mas também uma espada para defendê-los.
O indigitado “delinquente” e seu “grupo criminoso” operam em completo escárnio ao Judiciário, que anda às voltas com seus panetones, pernis e belos vinhos.
Acreditem.
Lambrecado, lambuzado, denunciado e provado, o sr. Eduardo Cunha apareceu ontem na TV Câmara para posar de “estadista do golpe”.
Sua “entrevista” foi ao ar à noite e será nauseantemente repetida todos os dias desta semana.
Disse, no programa, que “até março” o impeachment, que nem mesmo a primeira comissão de análise tem formada, depois da decisão do STF que anulou sua manobra, estará terminado.
E, claro, Dilma Rousseff, deposta.
Cunha já antecipa o resultado da votação: “O governo não tem mais do que 200 votos (de 513)”.
Bem, como só precisa de 171 votos, talvez Cunha esteja dizendo que terá “acabado” por falta de número para continuar.
Mas não.
Ele prevê degradação e caos para o seu “feliz ano novo”.
Tudo será muito rápido, diz ele.
Tudo é muito rápido para os canalhas ousados e muito lento para os “republicanistas suicidas”.
O Supremo nem sequer analisou a denúncia apresentada há quatro meses (sim, há quatro meses, no dia 20 de agosto!) contra Cunha por corrupção, mas, segundo ele, neste mesmo tempo se pode depor alguém eleito por alegadas irregularidades contábeis. Vejam, contábeis, por que não há acusação de ter-se apropriado de nenhum centavo, quanto mais ter enviado para a Suíça, como fez ele.
E cinco meses terá em março o processo ético contra ele – isso se vier a prosperar – por ter mentido sobre suas contas na Suíça.
Nem sequer o pedido urgente de afastar o homem que, na presidência da Câmara, é chamado de “delinquente” e líder de um “grupo criminoso” de deputados mereceu apreciação judicial.
A toque de caixa, só o golpe. E não mais rápido ainda só porque lhe faltam ainda os votos necessários, que o “grupo de criminosos” ainda não conseguiu arrebanhar, mas espera conseguir, lançando o país na ingovernabilidade.
Não basta que os canalhas sejam ousados, é precisos que os bons não sejam suficientemente bons para terem coragem.
A democracia e a liberdade não são insetos que mereçam que os nossos doutos juízes se dediquem lentamente a examinar em suas minúcias e que, quando o virem exterminado, possam dizer: ah, mas temos aqui um exemplar conservado e estudos completos sobre sua morfologia.
São valores, princípios, e a Justiça não porta apenas uma balança, mas também uma espada para defendê-los.
O indigitado “delinquente” e seu “grupo criminoso” operam em completo escárnio ao Judiciário, que anda às voltas com seus panetones, pernis e belos vinhos.
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